MST recebe Eduardo Campos e conquista duas áreas

Por Ramiro Olivier
Da Pàgina do MST

 


O governador do Pernambuco Eduardo Campos participou da festa de 20 anos do assentamento do MST Normandia, em Caruaru (PE), nesta quarta-feira (1/5), e assinou o decreto de desapropriação de duas fazendas.

Por Ramiro Olivier
Da Pàgina do MST

 

O governador do Pernambuco Eduardo Campos participou da festa de 20 anos do assentamento do MST Normandia, em Caruaru (PE), nesta quarta-feira (1/5), e assinou o decreto de desapropriação de duas fazendas.

Serão destinadas à Reforma Agrária os engenhos Camaragibe, no município de São Joaquim do Monte, no agreste, e Bonito, no município de Condado, na zona da mata. “Não vai ter campo produtivo com latifúndio improdutivo”, discursou o governador.

Campos foi recebido pelo coordenador do MST, Jaime Amorim, como “um governador de ousadia e coragem” por ter liderado uma longa luta pela desapropriação dessas áreas .

Em relação às eleições presidenciais, Amorim disse que o papel do MST é fazer a luta pela Reforma Agrária e que não faz parte da sua história ser “puxa-saco” de ninguém.

Programas

Campos lançou no assentamento o programa Terra Pronta, em parceria com a prefeitura municipal de Caruaru, e inaugurou a distribuição dos kits de irrigação de milho forrageiro para toda a região, voltado para amenizar os impactos causados pela seca na região Agreste.

O governador anunciou também o investimento de R$ 659 mil para obras de infraestrutura para combater a seca no estado.

Participaram da comemoração o prefeito de Caruaru José Queiroz, o secretário de Agricultura Ranilson Ramos e o dirigente do PSB Jetro Gomes.

Foram três dias de festa no Centro de Formação Paulo Freire, voltado para a formação dos trabalhadores rurais. As comemorações tiveram uma exposição de fotos do assentamento, uma apresentação de circo de crianças e shows do trio Pé de Serra, do grupo Café com Leite e do forrozeiro Azulão.

Trajetória de luta

Em 1º de Maio de 1993, o MST ocupou a fazenda Normandia. Nessa época, o Movimento possuía apenas quatro áreas ocupadas por trabalhadores. Segundo Jaime Amorim, da direção estadual do MST, o Movimento tinha a necessidade de ampliar as ocupações de terras para pressionar o Estado a desapropriar latifúndios para fins de Reforma Agrária.

Os trabalhadores sofreram quatro despejos violentos cometidos pelo aparato repressivo do Estado. Em 1996, os acampados decidiram fazer uma greve de fome, que durou por oito dias. Esse ato de protesto sensibilizou a população de todo o estado de Pernambuco.

A luta do MST nessa época garantiu a desapropriação de quatro áreas para fins de Reforma Agrária.