MST monta acampamento com 2 mil pessoas no Fórum de Belo Horizonte

 
Da Página do MST

O MST montará um acampamento com 2.000 Sem Terra em frente ao Fórum de Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira (14), para acompanhar o julgamento do latifundiário Adriano Chafik, réu confesso do Massacre de Felisburgo.
 
O júri popular do mandante e executor do massacre, que deixou cinco Sem Terra mortos e vinte feridos em 20 de novembro de 2004, começa na quarta-feira (15).
 

 
Da Página do MST

O MST montará um acampamento com 2.000 Sem Terra em frente ao Fórum de Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira (14), para acompanhar o julgamento do latifundiário Adriano Chafik, réu confesso do Massacre de Felisburgo.
 
O júri popular do mandante e executor do massacre, que deixou cinco Sem Terra mortos e vinte feridos em 20 de novembro de 2004, começa na quarta-feira (15).
 
Cerca de cinco mil pessoas de movimentos sociais e sindicatos de Minas Gerais realizam uma marcha pelo centro da cidade de Belo Horizonte, para pressionar pela condenação de Adriano Chafik por homicídio qualificado, nesta terça-feira.
 
As organizações fazem a concentração para a marcha às 12h, na Praça 7, de onde partem para o Fórum de Belo Horizonte.
 
Entenda o caso
 
Adriano Chafik Luedy é mandante e executor do Massacre de Felisburgo, que assassinou cinco trabalhadores Sem Terra e deixou 20 gravemente feridos.
 
Cerca de 230 famílias ocupavam a Fazenda Nova Alegria, considerada devoluta pelo Instituto de Terras de Minas Gerais (Iter), desde maio de 2002. O Iter já tinha comprovado que 515 hectares de terras eram devolutas.
 
Desde o início da ocupação, as famílias estavam sendo ameaçadas. Com isso, boletins de ocorrência foram feitos na delegacia local. No entanto, nenhuma providência foi tomada.
 
Em 20 de novembro de 2004, o fazendeiro Adriano Chafik e mais 15 jagunços invadiram o acampamento Terra Prometida, no município mineiro de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, e realizaram o massacre, além de queimarem a escola local e vários barracos, deixando centenas de famílias somente com a roupa do corpo.
 
Após o massacre, Chafik foi preso e, em depoimento à Polícia Militar, admitiu que era mandante e que tinha participado in locu do massacre. Depois, foi posto em liberdade por duas vezes, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
 
Situação da área
 
O presidente Lula assinou o decreto de desapropriação de 1.182 hectares da fazenda Nova Alegria para fins de Reforma Agrária em agosto de 2009.
 
Até agora, o assentamento não foi efetivado por causa de uma ação de Chafik na Justiça, que impede a ação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).