MST faz ato por Reforma Agrária e protocola carta à presidenta Dilma

 

Da Página do MST

 

Na manhã desta terça-feira (28/5), o MST marcha pela Esplanada dos Ministérios, em direção ao Palácio do Planalto. Na ocasião, o MST irá protocolar uma carta à presidenta Dilma Rousseff, assinada pelos acampados do Acampamento Nacional Hugo Chávez, em Brasília.

O MST cobra da presidenta Dilma o assentamento imediato das 90 mil famílias acampadas e denuncia o processo de paralisação da Reforma Agrária no País.

 

Da Página do MST

 

Na manhã desta terça-feira (28/5), o MST marcha pela Esplanada dos Ministérios, em direção ao Palácio do Planalto. Na ocasião, o MST irá protocolar uma carta à presidenta Dilma Rousseff, assinada pelos acampados do Acampamento Nacional Hugo Chávez, em Brasília.

O MST cobra da presidenta Dilma o assentamento imediato das 90 mil famílias acampadas e denuncia o processo de paralisação da Reforma Agrária no País.

“Cobramos que Vossa Excelência cumpra com o compromisso de realizar a Reforma Agrária no país. Estamos convictos de que um novo modelo de produção agrícola é necessário em nosso país e que a Reforma Agrária é o principal instrumento para a solução dos problemas que ainda persistem no campo brasileiro.

No entanto, compreendemos que é urgente uma ação efetiva do Governo Federal para reverter o atual quadro de paralisia, que compromete a vida de milhares de trabalhadores rurais no Brasil”, diz trecho da carta que vai ser entregue ao Planalto.

O Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) parou a política de criação de assentamentos, mesmo existindo 69.233 grandes propriedades improdutivas no país, que controlam 228 milhões de hectares de terra (IBGE/Censo de 2010), que deveriam ser destinadas à Reforma Agrária pela Constituição. 

O Brasil é o país de maior concentração da propriedade fundiária em todo o mundo. São 360 milhões de hectares, sob a forma de propriedade privada, sendo que apenas 60 milhões são utilizados pela agricultura.

“A paralisação da política de criação de assentamentos abriu margem para os latifundiários intensificarem a sua ofensiva política e ideológica contra a Reforma Agrária. Utilizam a sua força no Congresso Nacional para aprovar projetos para desmontar as leis que garantem liberdade para organização e luta social, o cumprimento da função social da propriedade e direitos para os camponeses, indígenas e quilombolas, na maioria das vezes, afrontando a própria Constituição Federal”, continua a carta.

Acampamento Nacional

Há mais de 80 dias, cerca de 400 militantes do MST estão acampados em Brasília no Acampamento Nacional Hugo Chávez. O ato de estar mobilizado permanentemente na capital federal cumpre a função de fortalecer a luta do movimento por Reforma Agrária e denunciar o avanço do agronegócio no país.

Atualmente existem no Brasil mais de 150 mil famílias acampadas. Destas, 90 mil são do MST. No governo Dilma apenas 31 novas áreas foram desapropriadas, totalizando somente 72 mil hectares. Enquanto isso, mais de 309 milhões de hectares de terras estão sob o domínio do agronegócio.

Leia aqui a carta do MST à presidenta Dilma.