Trabalhadores rurais bloqueiam rodovias em Alagoas no dia de lutas

 

Da Página do MST

 

Trabalhadores rurais dos movimentos de luta pelo direito ao acesso à terra bloqueiam mais de dez pontos de rodovias estaduais e federais em Alagoas nesta quinta (11/07), dando início à jornada unificada de lutas composta por centrais sindicais e movimentos sociais. Os trabalhadores trazem à tona uma pauta de reformas estruturais, entre as quais a Reforma Agrária.

 

Da Página do MST

 

Trabalhadores rurais dos movimentos de luta pelo direito ao acesso à terra bloqueiam mais de dez pontos de rodovias estaduais e federais em Alagoas nesta quinta (11/07), dando início à jornada unificada de lutas composta por centrais sindicais e movimentos sociais. Os trabalhadores trazem à tona uma pauta de reformas estruturais, entre as quais a Reforma Agrária.

Abrigam manifestações de trabalhadores rurais o trevo da BR-423 entre Delmiro Gouveia e Paulo Afonso, trechos da AL 220 em Olho D’Água do Casado, Girau do Ponciano e Jaramataia, a BR-101 em Junqueiro e Joaquim Gomes, a BR-316 em Atalaia, além do trevo de Flexeiras, a AL-115 em frente à Universidade Federal de Alagoas – Campus Arapiraca e manifestações em Murici, Porto Calvo e Maragogi.

Mais de 1500 trabalhadores estão mobilizados nas ações que pretendem recolocar a agenda da Reforma Agrária no cenário da discussão política. “De 1992 para cá, quem realmente se mobilizou nas ruas todos os dias, desde as últimas grandes manifestações, foi o povo do campo. Para nós não é novidade”, afirma Josival Oliveira, da coordenação do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST).

Ele é enfático em dizer que a Reforma Agrária foi deixada de lado pelos governos autointitulados democrático-populares. “O Governo Dilma e o Governo Lula não cumpriram nossa pauta, então a divisão da injusta posse de terra no país, não se concretizou”, avalia, exigindo que o Estado incorpore de uma vez por todas a agenda proposta pelo povo para o país, com a execução da Reforma Agrária.

Os trabalhadores do campo decidiram parar o Brasil como forma de pressionar o poder público a realizar uma Reforma Agrária popular, com o assentamento imediato das famílias que ainda aguardam acampadas à beira de estradas. Para Débora Nunes, do MST, a responsabilidade do Governo Federal precisa ser denunciada, pois há vários anos vem sendo visto a redução do orçamento destinado à política agrária.

“Assistimos nos últimos anos um abandono da política de Reforma Agrária. O Governo não tem interesse em resolver o problema dos pobres do campo, cuja desigualdade social somente se reverte com a redistribuição de riquezas, divisão e redistribuição da terra”, avalia Nunes. Ela conclui: “já classificamos Dilma como a pior presidenta para a Reforma Agrária e estamos dando um ultimato para que o Estado brasileiro contemple a demanda (já calejada) do povo do campo”.

Participam das mobilizações nos municípios do interior o MLST, MST, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL). Durante todo o dia nacional de greves e mobilizações, os trabalhadores participam ainda de atividades na capital Maceió, somando forças nas grandes mobilizações com os trabalhadores urbanos organizados.

Porto de Maceió

 

Centrais sindicais e movimentos de luta pela terra bloqueiam o acesso ao Porto de Maceió, principal via de escoamento da produção da agroindústria da cana em Alagoas

Na manhã desta quinta-feira (11/07), centenas de trabalhadores organizados em movimentos camponeses, sindicais e estudantis bloquearam a entrada do Porto de Maceió, no bairro do Jaraguá. Os manifestantes dão continuidade à Jornada Nacional Unificada de Lutas, que realiza um dia de paralisações e mobilizações em todo país em torno de uma pauta de reformas estruturais.