Arapiraca prova o sabor da luta pela terra na 1ª Feira da Reforma Agrária

 
Da Página do MST
 
As barracas montadas e bandeiras erguidas no Parque Ceci Cunha marcam a ocupação da cidade de Arapiraca com os frutos da luta pela Reforma Agrária, dos trabalhadores e trabalhadoras acampados e assentados de todo o estado.
 
Pela primeira vez na segunda maior cidade de Alagoas, compondo a Jornada de Lutas pela Soberania Alimentar, o MST realiza a Feira da Reforma Agrária, levando à sociedade arapiraquense alimentos livres de agrotóxicos e com preço abaixo do mercado.
 
J
 
Da Página do MST
 
As barracas montadas e bandeiras erguidas no Parque Ceci Cunha marcam a ocupação da cidade de Arapiraca com os frutos da luta pela Reforma Agrária, dos trabalhadores e trabalhadoras acampados e assentados de todo o estado.
 
Pela primeira vez na segunda maior cidade de Alagoas, compondo a Jornada de Lutas pela Soberania Alimentar, o MST realiza a Feira da Reforma Agrária, levando à sociedade arapiraquense alimentos livres de agrotóxicos e com preço abaixo do mercado.
 
Já consolidada no calendário da capital Maceió, depois de 14 edições, a Feira da Reforma Agrária realiza sua primeira edição em Arapiraca dialogando com a população sobre a importância da distribuição de terras para acabar com a miséria, a fome e o desemprego.
 
Uma diversidade de produtos, oriundos dos assentamentos e acampamentos organizados pelo MST em todo o estado, enchem os olhos de quem passa para visitar a Feira e levar para casa um pouco do que os trabalhadores vêm produzindo do litoral ao sertão de Alagoas.
 
O aposentado arapiraquense Paulo Santos, que já visitou outras edições da Feira em Maceió, reforçou a importância da realização da atividade no agreste: “espaços como esse são importantes para dar voz ao povo do campo e mostrando que essa iniciativa é fundamental para gerar renda e acabar com a desigualdade”, disse Paulo enquanto comprava alguns dos alimentos comercializados na Feira.
 
Para Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, a realização da 1ª Feira da Reforma Agrária em Arapiraca é mais uma conquista da organização dos trabalhadores rurais do estado.
 
“Ocupamos Arapiraca com a tarefa de trazer uma produção saudável para uma das cidades mais importantes de Alagoas, mas também para dialogar com a sociedade sobre a importância da Reforma Agrária, não só para quem vive no campo, mas também para quem está na cidade”.
 
A militante ressaltou a relação do campo com a cidade: “quem vive na cidade encontra-se, pelo menos três vezes ao dia com o camponês: no café da manhã, no almoço e no jantar. A nossa luta é para que possamos produzir respeitando a natureza, o meio ambiente e a saúde da população. E aqui na Feira temos, concretamente, os frutos de toda a nossa luta”.
 
A sociedade arapiraquense abraçou a inciativa. O professor Jarbas Ribeiro, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) provou o sabor da luta pela Reforma Agrária: “ouvi falar que ia ter a primeira feira da Reforma Agrária daqui de Arapiraca pelas rádios, pela mídia e vim comprovar. Ontem à tarde comprei inhame, batata, macaxeira, abobora. Levei pra casa e fomos provar o Inhame. Limpinho por dentro, totalmente orgânico”.
 
O Professor deu seu testemunho sobre a qualidade dos alimentos. Nas palavras dele, “quando cozinhamos foi rápido, molinho a família adorou. Uma delicia! Voltei pra feira depois e vim comprar mais produtos e aproveitar esse clima gostoso dessa festa.” Ele conclui, enfático: “realmente, quando o campo não planta a cidade não janta e ontem à noite jantamos muito bem um inhamezinho da Reforma Agrária.”