MST realiza 4ª Feira Estadual da Reforma Agrária em Vitória

Entre os dias 7 e 9 de novembro, a Praça Costa Pereira, em Vitória (ES) foi palco da 4ª Feira Estadual da Reforma Agrária
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4ª Feira Estadual da Reforma Agrária contou com produtos e espaços dedicados à formação e a cultura.
Fotos: Comunicação MST/ES

Por Comunicação MST/ES
Da Página do MST

 

Neste fim de semana aconteceu no Espírito Santo a 4ª Feira Estadual da Reforma Agrária, que tem por objetivo ser um espaço de exposição e comercialização de produtos e alimentos saudáveis, de produção cultural e de diálogo e trocas de experiências entre o campo e a cidade.

No decorrer da feira foram realizados espaços rodas de conversa sobre Agroecologia e Alimentação Saudável, Educação do Campo, Saúde e Alimentação Saudável, Feminismo Camponês Popular, shows culturais e oferta de comidas típicas da Culinária da Terra preparadas à base da produção dos assentamentos e acampamentos do estado.

Para Daniel Mancio do Setor de Produção do MST a grande tarefa das feiras da Reforma Agrária é dialogar com a sociedade em geral. “A partir da produção, exposição e comercialização dos alimentos produzidos em nossas áreas, apresentamos à  sociedade os frutos da Reforma Agrária, enfatizando a produção de alimentos saudáveis enquanto objetivo e realidade do Movimento Sem Terra, que se expressa e se materializa nas feiras da Reforma Agrária em todos os níveis.” 

Uma das conquistas importantes do processo de comercialização dos produtos da Reforma Agrária se materializa na marca estadual “Terra de Sabores”,  segundo Daniel. “[A marca é] fruto do acúmulo histórico dos trabalhadores e trabalhadoras assentados organizados pelo MST do Espírito Santo, é a materialização de uma história de desenvolvimento e organização da produção”.

A Terra de Sabores, traz o conceito da diversidade e os diversos sabores que a terra depois de ocupada e conquistada. Assim, os trabalhadores podem produzir para sociedade em geral contemplando o objetivo do Movimento de construir a Reforma Agrária Popular.

A diversidade e qualidade da produção das áreas de assentamentos e acampamentos do estado estiveram presentes na feira, com a exposição e venda de alimentos in natura, agro industrializados, artesanatos, fitoterápicos, plantas ornamentais e medicinais, entre outros produtos das áreas de reforma agrária. 

Ainda no processo de luta pela terra, muitas famílias acampadas tem mostrado na prática que o latifúndio improdutivo pode ser transformado em área de cultivo de alimentos saudáveis, mesmo sem a conquista da terra. 

Rodrigo Gonçalves da coordenação estadual do MST, garante que os acampamentos produtivos do Espírito Santo “passam por um processo demorado na luta pela conquista da  terra, e o MST vem desenvolvendo a experiência dos acampamentos produtivos nas suas diferentes regiões e realidades.”

Para Rodrigo, um dos objetivos dessa experiência é garantir a organização do acampamento via a produção de alimentos saudáveis. “Precisamos construir a resistência ativa, atividades festivas e culturais, entendendo que resistência não é feita só com lutas, mas com cultura”, afirmou. 

As feiras da Reforma Agrária tem oxigenado a cooperação nos assentamentos e  acampamentos a partir da produção, industrialização e comercialização, além de contar com espaços dedicados à formação e a cultura, e se consolidou como uma ótima forma de dialogo com a sociedade sobre os mais variados temas como a alimentação saudável e o papel dos movimentos populares.

*Editado por Fernanda Alcântara