MST é exemplo de resistência e conhecimento, relata militante

 

Por Geani Paula
Para Página do MST

 

Por Geani Paula
Para Página do MST

Foto: Paulo Porto

“Eu tive acesso à organização do MST pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul na época de 1986”, lembra Darvino Back, militante do Movimento Sem Terra no Paraná.

Darvino Back que contribui com o MST na região oeste do Paraná, diz que conheceu o movimento pelo sindicato, Igreja e as pastorais no Rio Grande do Sul. Na época Back ajudava com o trabalho de base de famílias das periferias para se juntarem a luta por um pedaço de terra. “Participei da primeira ocupação em 1986, no município de Cruz Alta, onde foi uma das primeiras da região também”, relata.

Depois de alguns anos, por problemas familiares Darvino teve que se ausentar e se mudar para o Paraguay, porém sempre sentia vontade de continuar a luta. “Na minha mente nunca deixei de lado o Movimento Sem Terra”, diz ele com alegria.

Em 1999, Darvino Back voltou ao Brasil, ao município de Cascavel, Paraná. No período, sua filha mais nova estava com alguns problemas de saúde, e o retorno teve como objetivo conseguir um tratamento adequado. O momento coincide com a recém ocupação de um latifúndio da região, é quando Back e sua família voltam à luta por um pedaço de chão.

Desde então, Darvino e sua família continuam e colaboram com a luta do MST na região, organizando e contribuindo com os acampamentos e assentamentos. “Já estou a 14 anos nessa luta por um pedaço de terra e não me arrependo de nada”, afirma.

Para o militante o que mais lhe deixa feliz e realizado é a formação que o movimento leva para seus companheiros, como por exemplo, o VI Congresso Nacional, que é um espaço de estudos e trocas de culturas dos militantes de todos os estados. “O MST é um exemplo de resistência e conhecimento”, completa Darvino.