Em Campo Grande, mulheres lutam contra a violência e por políticas públicas

Por Eliel Freitas Jr.
Da Página do MST

Mulheres de diversos movimentos sociais, entidades sindicais e partidos políticos realizaram um ato neste sábado (8) na capital de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, para cobrar do poder público medidas de combate à violência e políticas capazes de garantir segurança, assistência social, justiça e igualdade para as mulheres.

Entre as organizações, estiveram presentes MST, Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMES).

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A atividade se iniciou com um ato no centro da cidade, seguindo em caminhada até a Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam) para marcar o protesto contra a violência contra a mulher e o descaso do Estado, que reduziu o horário de atendimento da Deam desde o início da gestão do atual governo estadual, para o horário comercial de segunda a sexta-feira.

Violência

No ano passado 22 mulheres perderam a vida em Mato Grosso do Sul. De janeiro até o momento, 11 mulheres foram assassinadas no estado.

Além disso, também foram registrados casos de agressão com extrema violência e mutilação. Como forma de marcar esta situação, foram usadas 34 cruzes durante protesto simbolizando as vítimas da violência, ao serem fincadas em frente da Deam.
Neste sentindo, as mulheres gritavam “Violência não tem hora, delegacia 24 horas”, exigindo que a delegacia da mulher fique aberta 24 horas todos os dias (incluindo finais de semana).

Assim como a Deam, o Centro de Atendimento à Mulher Cunã Mbaretê – Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Campo Grande, tendo como responsabilidade prestar acolhida, acompanhamento psicológico e social, e orientação jurídica às mulheres em situação de violência -, teve seu funcionamento também reduzido ao horário comercial.