Ex-funcionários se integram a Sem Terra e denunciam práticas de fazenda na BA



Da Página do MST


As 1.200 mulheres Sem Terra que ocuparam a fazenda Santa Rita, na última sexta-feira (28), seguem na área reivindicando a desapropriação da fazenda para fins de Reforma Agrária.

Segundo as Sem Terra, a área está em total situação de abandono desde que seus proprietários demitiram mais de 250 funcionários que trabalhavam diretamente na colheita de café.

Da Página do MST

As 1.200 mulheres Sem Terra que ocuparam a fazenda Santa Rita, na última sexta-feira (28), seguem na área reivindicando a desapropriação da fazenda para fins de Reforma Agrária.

Segundo as Sem Terra, a área está em total situação de abandono desde que seus proprietários demitiram mais de 250 funcionários que trabalhavam diretamente na colheita de café.

De acordo com os relatos, na fazenda foram encontradas famílias em condições precárias de sobrevivência. Um senhora que não quis se identificar, cujo marido trabalha na fazenda, conta que não recebe salário há mais de 6 meses, e para se alimentar, conta com a solidariedade das pessoas.

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Outro ex-funcionário, que trabalhava na plantação de café, relata que sua função era jogar agrotóxico na plantação, e que a maioria das vezes aplicava sem nenhum tipo de proteção. 

Denuncia ainda que já presenciou colegas afetados pelo uso deste tipo de veneno, sem que a empresa tomasse algum tipo de medida.  

Muitos destes ex-funcionários estão se integrando à luta do MST, ao se somarem a um número de mais de 130 famílias que montam um acampamento permanente na área.

Maristela Cunha afirma que as camponesas realizam diariamente o preparo da terra e plantio de alimentos saudáveis, contrapondo o intensivo uso de agrotóxico utilizado nas plantações de café.

“A ideia é que desde já as famílias que aqui chegam possam produzir para fazer que seja cumprida de fato a função social da terra”, explica Maristela.