Movimentos homenageiam lutadores e mudam placas de avenidas em MS



Da Página do MST


As placas de algumas avenidas da capital Campo Grande (MS) amanheceram com seus nomes trocados nesta terça-feira (1), dia em que se completa 50 anos do golpe militar no Brasil.

Movimentos sociais do campo e da cidade cobriram as identificações das ruas que levam nomes de presidentes da época da ditadura e substituíram com nomes de militantes mortos pelo regime militar.



Da Página do MST

As placas de algumas avenidas da capital Campo Grande (MS) amanheceram com seus nomes trocados nesta terça-feira (1), dia em que se completa 50 anos do golpe militar no Brasil.

Movimentos sociais do campo e da cidade cobriram as identificações das ruas que levam nomes de presidentes da época da ditadura e substituíram com nomes de militantes mortos pelo regime militar.

Os adesivos, com layout semelhante às placas oficiais, trazem a frase “Ditadura Nunca Mais”. Além disso, a numeração das quadras também foi simbolicamente alterada para “1964-2014”, em referência ao ano do golpe e o ano atual, respectivamente.

Na avenida Costa e Silva, por exemplo, o nome do estudante Edson Luís, assassinado em 1968 durante a ditadura, foi colado no ponto de ônibus acima do nome da via. A morte do rapaz simbolizou um dos atos de resistência do movimento estudantil contra regime militar.

Na avenida Ernesto Geisel, no cruzamento com a avenida Afonso Pena, adesivos com o nome do líder indígena sul-mato-grossense Marçal de Souza tamparam o “nome oficial” da via. O líder indígena foi assassinado em Mato Grosso do Sul, por lutar pela demarcação de terras na década de 80. 

Morreu em 25 de novembro de 1983, executado a mando de fazendeiro na luta pela Terra Indígena Campestre, em Antônio João. Os acusados foram absolvidos e uma das poucas homenagens até hoje é o nome à aldeia urbana terena, na região do bairro Tiradentes, em Campo Grande.