Jornada de Agroecologia discute Projeto Popular e Soberano para a agricultura

 

Por Riquieli Capitani
Da Página do MST
 

Foto: Joka Madruga 

 

 

Por Riquieli Capitani
Da Página do MST
 

Foto: Joka Madruga 

 

Na luta pela construção de um projeto popular e soberano para a agricultura, organizações e movimentos sociais que compõem a Via Campesina realizam a 13ª Jornada de Agroecologia, na Escola Milton Santos (EMS), em Maringá (PR), entre os dias 21 a 24 de maio.


A Jornada pretende reunir cerca de 2500 participantes de diversos movimentos sociais, organizações populares, técnicos, acadêmicos, pesquisadores, profissionais da saúde, e da educação, e tem por objetivo construir de forma coletiva um novo modelo para a agricultura, respeitando o meio ambiente, o ser humano, garantindo a produção de alimentos saudáveis, sem transgênicos e agrotóxicos.


Na quarta-feira (21), primeiro dia de Jornada, será realizado a mística oficial de abertura do encontro. Na parte da tarde, uma grande conferência sobre o Projeto do Capital para a Agricultura fará parte da programação.


Dando sequência as atividades do dia, será feito o lançamento oficial no Paraná, do novo documentário do diretor Silvio Tendler, O Veneno está na Mesa 2. A noite acorrerá a Assembleia da Juventude Camponesa.


Projeto Popular


No segundo dia (22), a conferência debate as “Bases fundamentais de um Projeto Popular e Soberano para a Agricultura”, com João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST. Também será debatido “A dimensão da educação e da formação na construção da Agroecologia”.


A Marcha pela Agroecologia e Alimentos Saudáveis faz parte da programação da tarde, quando os participantes saem às ruas para dialogar com a sociedade sobre a importância da agroecologia frente aos males do agronegócio. A noite será realizado o Ato de Integração e Solidariedade aos Povos da América Latina.


Oficinas


Serão 40 oficinas de troca de experiências em agroecologia, e seis seminários temáticos planejados para ocorrer no penúltimo dia, além da noite da cultura camponesa, com o lançamento do CD Viola e Poesia, da Banda Saci Arte, do MST, e a participação da dupla de violeiros Cacique e Pajé.


No encerramento (24), terá a mística com a partilha das sementes e ato político.


Durante os quatro dias os participantes poderão visitar o túnel do tempo – espaço que expõe os processos de lutas e organizações do povo camponês -, e a feira de produtos da Reforma Agrária.


EMS
 


A Escola Milton Santos (EMS) é um Centro de Educação em Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável dos Movimentos Sociais Populares do Campo, criada em 10 de junho de 2002, numa área cedida pela Prefeitura Municipal de Maringá.


Tem como objetivo geral se constituir como um Centro de Educação do Campo para elevar o nível de formação política e cultural, e promover a educação e capacitação de jovens e adultos do campo.


O centro também busca participar na construção de um projeto de humanização que possibilite formação de sujeitos sociais na construção de um projeto de desenvolvimento do campo e do país, comprometido com a soberania nacional, a Reforma Agrária e outras formas de desconcentração da renda e da propriedade, com solidariedade, democracia popular e respeito ao meio ambiente.