Com diversas ocupações, Sem Terra iniciam jornada de lutas em Alagoas




Por Rafael Soriano
Da Página do MST 


Milhares de trabalhadores rurais em todo estado de Alagoas realizam diversas mobilizações, nesta segunda-feira (14), com ocupações de diversos espaços nos municípios alagoanos.

Por Rafael Soriano
Da Página do MST 


Milhares de trabalhadores rurais em todo estado de Alagoas realizam diversas mobilizações, nesta segunda-feira (14), com ocupações de diversos espaços nos municípios alagoanos.


As ocupações trazem reivindicações por estruturas físicas e sociais para os assentamentos. A mobilização é o início da Jornada de Lutas de Abril, realizada todo ano pelo MST.


Dentre as reivindicações para os assentamentos, estão demandas como melhoria nas estradas, demarcação topográfica, regularização de assentados e infraestruturas
sociais e produtivas.


No centro da pauta está a cobrança do início das obras que levará água do Canal do Sertão para os assentamentos da região do sertão.


Em 2012 o governo do estado, por meio da Secretaria de Infraestrutura, firmou o compromisso que o projeto seria elaborado e licitado no ano de 2013 e as obras iniciariam em março de 2014.


O Movimento realiza ainda um bloqueio no canteiro de obras do Canal do Sertão, na cidade de Inhapi. Perto dali, mais de 2000 famílias aguardam no acampamento Nelson Mandela a posição do governo estadual para serem assentadas, promessa feita em nome do governador Téo Vilela, em novembro do ano passado.


Ocupações

As atividades iniciaram nas prefeituras de Flexeiras, Olho D´Água do Casado e Pão de Açúcar, que estão ocupadas pelos trabalhadores rurais. Eles solicitam audiências para apresentarem suas pautas e encaminharem resoluções para a vida nos assentamentos.


Em Maceió, centenas de trabalhadores vindos de assentamentos de Atalaia ocupam o prédio do Departamento de Estradas e Rodagens (DER-AL).


Para Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, esse é “mais um momento de luta dos trabalhadores Sem Terra, em memória aos assassinatos no campo, denunciando a violência e a impunidade do latifúndio”.


Além disso, as mobilizações também visam denunciar o descaso dos governos – municipal, estadual e federal –  com a Reforma Agrária e as condições para os que vivem no campo.


“Queremos contribuir com um tipo de desenvolvimento que possibilite a produção de alimentos saudáveis  e a produção de vida, num campo com gente, com jovens, homens e mulheres que resistem a falta de políticas públicas e investimentos que priorize a pequena agricultura no Brasil e em Alagoas”, afirmou Débora.


Mês de luta

Todos os anos, o MST realiza a Jornada de Lutas de Abril, em memória ao Massacre de Eldorado dos Carajás, quando a força policial cercou militantes do Movimento que estavam em marcha em direção a Belém (PA), pela conquista da fazenda macaxeira.

 

O crime policial, ocorrido na Curva do “S”, ficou internacionalmente conhecido e hoje sua data é o Dia Internacional da Luta Camponesa, organizado pela Via Campesina em todo planeta.