Oficinas de agroecologia promovem troca de experiências no Paraná

Por Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST

Fotos: Leandro Taques

A forte chuva que caiu na manhã desta sexta-feira na cidade de Maringá atrapalhou, mas não impediu que acontecesse as mais de 40 oficinas durante a 13° Jornada de Agroecologia.

Por Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST

Fotos: Leandro Taques

A forte chuva que caiu na manhã desta sexta-feira na cidade de Maringá atrapalhou, mas não impediu que acontecesse as mais de 40 oficinas durante a 13° Jornada de Agroecologia.

Manejo de frango caipira, café agroflorestal, produção de leite no sistema PRV, controle alternativo de pragas, criação agroecológica de ovelhas e cabras foram algumas das oficinas que aconteceram para os cerca de 2500 participantes da jornada.

“A ideia das oficinas é trazer para o contexto da jornada as experiências que já estão acontecendo nas áreas de assentamento, da agricultura familiar e camponesa, e com isso fazer a troca de experiências e motivar para que novas experiências sejam realizadas”, explica Iara Jaime, da coordenação da jornada.

As oficinas abrangeram desde questões relacionadas à agropecuária até a parte educacional e cultural. Além delas, outros seis seminários temáticos aconteceram paralelamente as oficinas, aprofundando temas como a Reforma Agrária Popular, o Plebisicito Popular por uma Constituinte e os desafios da agricultura camponesa sustentável. 

Ao participar da oficina de Defensivos naturais de pragas na lavoura, a agricultora Marta Lúcia de Martins, do assentamento Rosa Luxemburgo, no município de Congonhinhas (PR), destacou os debates realizados durante a jornada com a parte prática.

Para ela, as oficinas são importantes para “colocar em prática aquilo que a gente vem discutindo nos últimos tempos. Precisamos desse conhecimento, pois está tudo em desequilíbrio: a natureza, os rios, o solo, as matas”, coloca.

A produção orgânica de leite e frutíferas, como acerola e abacaxi, é o carro chefe no lote da assentada, que já pratica o sistema agroflorestal em seu lote e que está se espalhando para os demais.

No seu assentamento, a produção de café é o preponderante entre as 53 famílias que lá vivem. No ano passada, as famílias criaram uma cooperativa de comercialização para desenvolver de forma mais eficiente a produção de café.

“A partir dessas oficinas, dos estudos, vemos muitos avanços dentro dos assentamentos. No nosso caso, criamos um projeto de agrofloresta interessante e já temos certificação de áreas ambientais”, conta Marta.

Para ampliar sua produção de morango, Raul Stefann participou da oficina de Produção de Morango com substrato em slabs. “A gente aprende pra depois colocar em prática”, observa.

A principal produção dos 20 hectares de seu lote, no Assentamento Antonio 2, em Candista, no Rio Grande do Sul, são as hortaliças, mandioca, leite, queijo que depois sai para vender como feirante na cidade.

“Aqui é um espaço de troca de experiências, onde trazemos o que sabemos e também buscamos mais conhecimento”, disse Raul, que atualmente também realiza um curso de extensão em agroecologia no Instituto Federal Sul-rio-grandense.