Morre Alverina Ventura, viúva de Sebastião Camargo


Da Página do MST


Aos 55 anos, Alverina Ventura, viúva de Sebastião Camargo, morreu na tarde desta terça-feira (8), às 19h, em decorrência de um infarto.


Antes de virem para o Brasil, Alverina e Sebastião moravam no Paraguai, até que Sebastião veio ao Brasil em busca de melhores condições de vida para a família enquanto Alverina permaneceu em seu país com os quatro filhos.


Em terras brasileiras, Sebastião se acampou na Fazenda Boa Sorte, na cidade Marilena, noroeste do Paraná.

Da Página do MST

Aos 55 anos, Alverina Ventura, viúva de Sebastião Camargo, morreu na tarde desta terça-feira (8), às 19h, em decorrência de um infarto.

Antes de virem para o Brasil, Alverina e Sebastião moravam no Paraguai, até que Sebastião veio ao Brasil em busca de melhores condições de vida para a família enquanto Alverina permaneceu em seu país com os quatro filhos.

Em terras brasileiras, Sebastião se acampou na Fazenda Boa Sorte, na cidade Marilena, noroeste do Paraná.

No dia 7 de fevereiro de 1998, aos 65 anos, Sebastião foi assassinado quando uma milícia privada ligada a ruralistas despejou ilegalmente os trabalhadores Sem Terra que estavam acampadas na área.

Ao saber de sua morte pelos meios de comunicação, a família de Sebastião veio ao Brasil e continuou na luta pela terra, ao se acamparem na região oeste do estado.

Atualmente, Alverina morava no Acampamento 16 de Maio, em Ramilândia, e esperava ser assentada, assim como ainda aguardava a condenação do Poder Judiciário aos assassinos de seu companheiro.

O corpo foi velado em Ramilândia.

O caso

No dia 24 de junho deste ano, estava previsto para acontecer, em Curitiba, o júri popular de Augusto Barbosa da Costa, um dos acusados de assassinar o Sem Terra Sebastião. Porém, o advogado do réu renunciou ao mandado minutos antes do início da sessão.

Agora, Augusto tem o prazo de dez dias para indicar um novo advogado para o caso ou para recorrer à Defensoria Pública do Paraná. O réu também terá que comparecer periodicamente ao Fórum de Nova Londrina (PR) para cumprir medida alternativa à prisão. Não há previsão de nova data para o júri.

O presidente da União Democrática Ruralista (UDR) à época do assassinato, Marcos Prochet, foi condenado a 15 anos e nove meses de prisão pelo assassinato de Sebastião Camargo, mas aguarda o julgamento de seu recurso em liberdade.

Em novembro de 2012 outras duas pessoas também foram condenadas por participação no assassinato de Sebastião Camargo: Teissin Tina, ex-proprietário da fazenda Boa Sorte, onde o agricultor foi morto, recebeu condenação de seis anos de prisão por homicídio simples; e Osnir Sanches foi condenado a 13 anos de prisão por homicídio qualificado e constituição de empresa de segurança privada, utilizada para recrutar jagunços e executar despejos ilegais.

Tarcísio Barbosa de Souza, integrante da UDR, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Paraná, em 2012, pelo assassinato de Sebastião Camargo e aguarda julgamento.

O Estado brasileiro também sofreu sanções internacionais na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização do Estados Americanos por não ter dado garantias mínimas à vida de Sebastião Camargo filho.