Trabalhadores rurais realizam lutas em Alagoas na passagem de seu dia



Por Rafael Soriano
Da Página do MST
 
A passagem do dia do Trabalhador Rural (25/07) foi marcada por mobilizações do MST em Alagoas. Mobilizadas em todo estado, as famílias de trabalhadores rurais realizaram ocupações de terras em três municípios e ocuparam agências bancárias, para pressionar o poder público pela realização da Reforma Agrária.

Por Rafael Soriano
Da Página do MST
 
A passagem do dia do Trabalhador Rural (25/07) foi marcada por mobilizações do MST em Alagoas. Mobilizadas em todo estado, as famílias de trabalhadores rurais realizaram ocupações de terras em três municípios e ocuparam agências bancárias, para pressionar o poder público pela realização da Reforma Agrária.

Foram criados novos acampamentos com ocupações de fazendas em três municípios: Atalaia, Junqueiro e Teotônio Vilela. Ao todo, mais de 400 famílias se encontram mobilizadas nas novas ocupações, em crítica à morosidade do Governo Federal para desapropriar latifúndios, criar assentamentos e pressionando para a vistoria das áreas.

Na última quinta-feira e sexta-feira (24 e 25/07), as agências do Banco do Brasil nas cidades de Delmiro Gouveia, Piranhas, Batalha, Traipu, Maribondo, Atalaia, Maragogi e Novo Lino foram ocupadas por centenas de trabalhadores.

Eles reivindicam a liberação de recursos pelo Governo Federal para a construção de suas casas. Desde o ano passado, a construção de casas nos assentamentos de Reforma Agrária passaram a fazer parte do Programa Nacional de Habitação Rural – onde projetos são apresentados aos agentes financeiros (Caixa ou Banco do Brasil).

Em Alagoas, o Banco do Brasil é o responsável e já recebeu a demanda dos assentamentos organizados pelo MST, tendo prazo de recebimento de propostas o dia 30/07. Mesmo com todo o debate e documentação das famílias já adiantados, os recursos ainda não foram liberados e os trabalhadores demonstram preocupação.

“Realizando essa jornada de lutas na passagem do Dia do Trabalhador Rural, as famílias acampadas e assentadas de Alagoas reafirmam compromissos de luta e mais uma vez dizemos ao Governo Federal  que não toleramos tratarem a demanda dos pobres do campo sem prioridade.

As famílias continuam precisando de terras, casas, educação do campo e tantos outros direitos negados ao longo de sua história de trabalho”, analisa José Roberto, da direção nacional do MST.