Sem Terra marcham em Maceió contra a violência e a impunidade

Por Gustavo MArinho (texto e foto)
Da Página do MST


Nesta sexta-feira (28), os 1.200 Sem Terra que participam das ações do ações do Dia Estadual de Luta contra a Violência e a Impunidade no Campo e na Cidade, em Maceió (AL), realizaram uma marcha no centro da capital alagoana para denunciar a impunidade nos casos dos assassinatos de camponeses Sem Terra no estado.

Por Gustavo MArinho (texto e foto)
Da Página do MST

Nesta sexta-feira (28), os 1.200 Sem Terra que participam das ações do ações do Dia Estadual de Luta contra a Violência e a Impunidade no Campo e na Cidade, em Maceió (AL), realizaram uma marcha no centro da capital alagoana para denunciar a impunidade nos casos dos assassinatos de camponeses Sem Terra no estado.

Nesta sábado (29), serão completados 9 anos do assassinato de Jaelson Melquíades, uma importante liderança do MST do município de Atalaia. 

Desde seu assassinado, os Sem Terra de Alagoas organizam-se anualmente para cobrar justiça no caso e lutar contra a violência do que consideram “os coronéis” do latifúndio, amparados pela impunidade e ineficácia do Poder Judiciário e da polícia.

Aos 25 anos, Jaelson foi morto numa emboscada quando saia de um dos acampamentos no município. Mesmo com mandantes e executor sentenciados, o caso segue impune.

“Mais uma vez marchamos nas ruas de Maceió em memória dos nossos companheiros tombados pelas mãos dos fazendeiros, e que o Estado parece esquecer. Mas seguiremos denunciando a todos a impunidade que sustenta os diversos casos de violência que registramos no campo”, destaca José Roberto, da direção nacional do MST.

O dirigente lembra também dos assassinatos de outros trabalhadores rurais que também continuam com seus casos impunes, como Chico do Sindicato, em 1995, Luciano Alves, em 2003, e José Elenilson, em 2000. 

“É por esses e muitos outros que deram a vida na luta da Reforma Agrária que continuamos em marcha e em luta permanente”, ressaltou.

durante esta sexta, os Sem Terra também realizam reuniões na superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e na sede da Eletrobras.

Acampamento

As diversas famílias assentadas e acampadas em todo o estado estão com acampamento montado na Praça Sinimbú, e desde quarta-feira (26) realizam ações em defesa da Reforma Agrária.

Na tarde desta quinta-feira (27), os militantes ocuparam a superintendência do Banco do Brasil em Maceió. Em reunião com diversos representantes do banco, definiram prazos e uma agenda de trabalho para agilizar o processo de construção das casas em diversos assentamentos do estado a partir do Programa Nacional de Habitação Rural.

Já no município de Teotônio Vilela, os agricultores ocuparam o cartório da cidade na quarta-feira (26), pressionando para que as terras do antigo Produban, banco do estado, sejam destinadas para a criação de assentamentos rurais.