Na Bahia, 6 mil Sem Terra marcham por Reforma Agrária

A marcha saiu da cidade de Feira de Santana, e percorrerá 116 km até a capital Salvador.

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Da Página do MST

Nesta segunda-feira (9), mais de 6.000 Sem Terra do MST das dez regiões da Bahia iniciaram a Marcha Estadual do MST.

A marcha saiu da cidade de Feira de Santana, e percorrerá 116 km até a capital Salvador.

 

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Os Sem Terra estão em luta reivindicando terra, Reforma Agrária e dialogando com a sociedade baiana sobre os males do modelo do agronegócio e a proposta de um outro modelo agrícola para o campo brasileiro.

De acordo com o dirigente nacional do MST, Marcio Matos, há um novo cenário político na Bahia que abre espaço para o diálogo com a sociedade, com os órgãos públicos e com movimentos que debatem a reforma agrária no país, defendendo a construção de um sistema mais igualitário.

“Essa marcha cumpre o papel de estreitar as relações entre o MST e a população baiana. Nossa jornada de luta segue os mesmos parâmetros das anteriores, levando cada vez mais militantes para as ruas. Dessa vez vamos de Feira para Salvador com mais de 6 mil pessoas”, salienta. Matos ainda informa que a concentração da marcha já acontece em Feira de Santana neste domingo (8), e a abertura da programação será com a ação das Mulheres Sem Terra, marcada para esta segunda-feira (9).

Esse ato das mulheres do campo “denunciará o capital, a violência sofrida contra as mulheres e rememora a luta feminina e a conquista de direitos”. A ação defenderá ainda a democratização da propriedade da terra e dos bens naturais para a produção diversificada de alimentos saudáveis, além da construção de territórios livres do latifúndio e do agronegócio. Ainda conforme o MST, os trabalhadores rurais pretendem cumprir o trajeto da marcha de Feira a Salvador em seis dias.

O deputado federal e membro do movimento, Valmir Assunção (PT-BA), aponta para as políticas públicas que precisam avançar citando a necessidade de continuar com as desapropriações de terras e desenvolver ainda mais a infraestrutura dos assentamentos existentes.

“O MST segue as ações como movimento social de luta pela terra, e o país precisa participar desse diálogo sobre a reforma agrária e melhores condições para a vida no campo. A sociedade não é isenta desse debate, é preciso ampliar o diálogo com os setores de produção, técnicos e desenvolver mais assistência técnica, investimentos na convivência com a longa estiagem e em projetos de beneficiamento e comercialização de alimentos da agricultura familiar”, diz Valmir.