Famílias Sem Terra ocupam as sedes do Incra em Bauru e Iaras

A ação faz parte da demanda estadual para arrecadação de novas áreas para a Reforma Agrária em todo estado.

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Da Página do MST
 

Cerca 280 famílias ocuparam na manhã dessa quinta-feira (7), as sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) nas cidades de Bauru e Iaras, interior de São Paulo.

 

No período da tarde os Sem Terra trancaram a Rodovia Marechal Rondon na altura do km 647.

As ações fazem parte da demanda estadual para arrecadação de novas áreas para a Reforma Agrária e a melhoria dos assentamentos já existentes, como assistência técnica, infraestrutura, habitação e um programa de agroecologia.

Só no estado de São Paulo, são cerca de três mil famílias acampadas. Muitas há mais de cinco anos debaixo da lona preta.

Para Kelli Mafort, da coordenação nacional do MST, as ações feitas em todo estado de São Paulo desde a última Jornada Nacional da Reforma Agrária, realizada em abril, tem o objetivo de acelerar as demandas agrárias e mostrar o descontentamento dos Sem Terra com as últimas medidas tomadas pelo governo federal para segurar a economia.

“No estado de São Paulo são cerca de 22 mil famílias assentadas. Boa parte dessas áreas são precarizadas. Falta estrutura básica para que as famílias possam seguir com dignidade. As famílias conquistam a terra, mas não tem liberação de recursos. Sem isso, não conseguem constituir moradia. Temos problemas primários como falta de água e falta de poços artesianos para consumo e irrigação. Ainda assim em condições adversas, as nossas famílias estão inseridas dentro do contexto da agroecologia, da sustentabilidade e do consumo consciente, mostrando que a Reforma Agrária Popular é possível”, pontua. 

As reivindicações vão desde licenciamento e averbação ambiental; conclusão das estradas;  aprofundamento da rede de água, conclusão de programas de  apoio a mulher, construção de dois novos poços, conservação do solo, término de obras em estradas já iniciadas, até a implantação de rede hidráulica, falta instalação elétrica na maioria dos acampamentos; liberação dos créditos (Habitação e Apoio Mulher) e  construção de escolas e postos de saúde.