Atividades marcam os 30 anos de história dos Sem Terra em SC

Atos políticos, lançamento de Instituto Federal, feiras da Reforma Agrária e shows são alguma das atividades que compõem a celebração.

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Por Fábio Reis
Da Página do MST

Neste mês de maio, o MST completa 30 anos no estado de Santa Catarina. No dia 25 de maio de 1985, milhares de famílias saíram de suas condições subumanas para tentar uma nova vida, tendo como única saída à ocupação de terra.

Neste sentido, ao longo destas semanas estão sendo realizadas diversas atividades em comemoração aos 30 anos do MST no estado.

Nesta quarta-feira (20), os Sem Terra realizaram um ato político da instalação do Instituto Federal Catarinense (IFC), que será construído no assentamento José Maria, em Abelardo Luz.

A atividade contou com diversas autoridades, como o Prefeito do município Dilmar Fantinelli e diversos vereadores da região.

No sábado (23) pela manhã, acontece a 1° Feira Estadual Agroecológia e a 3° Feira da Reforma Agrária, que se estenderá até o domingo (24) no centro da cidade. Na noite de domingo, Pereira da Viola realiza um show na comunidade Papuã, onde foram montados os primeiros barracos da região.

Já na segunda-feira (25), a festa continuará no assentamento 25 de Maio, com ato político que contará com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias.

O Secretario de Inclusão Digital, Jefferson D’Avila de Oliveira, também estará presente, e aproveitará a ocasião para inaugurar o telecentro do projeto De olho na Terra, um projeto de inclusão digital em parceria com o Ministério das Comunicações, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o MST.

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No mês passado, o MST comemorou seus 30 anos de atividades no estado durante sessão especial do Legislativo.

Na ocasião, o Sem Terra e ex-deputado Vilson Santin lembrou que “nosso primeiro assentamento foi em 25 de maio de 1985, em Abelardo Luz, hoje lá estão assentadas cerca de 1,5 mil famílias”.

“Vão ao comércio de Abelardo para verem a defesa do movimento, o município teria falido (sem o assentamento), além do benefício direto, muitos daqueles latifundiários colocaram suas terras para produzir, com medo do MST”, ironizou Santin.