Maratonista usa corrida para mostrar MST que a mídia não divulga

O jornalista Rodolfo Lucena sairá de Petrolina e vai percorrer assentamentos distribuídos às margens do rio São Francisco, ao largo da Estrada da Reforma Agrária.

 

Rodolfo-Lucena_Div-Eleonara-de-Lucena!.jpg

Da Página do MST

Uma corrida na rodovia conhecida como Estrada da Reforma Agrária, em Pernambuco, marca neste fim de semana (29 e 30 de agosto) o início do projeto Maratonando com o MST, um programa idealizado pelo jornalista e ultramaratonista Rodolfo Lucena, em que se junta ao movimento social para mostrar de forma diferente o Movimento à sociedade.

Aos 58 anos, Lucena fará corridas em diversos assentamentos do país, com a participação de militantes e da juventude assentada, com o objetivo de divulgar os benefícios da atividade física e estimular a prática esportiva. Haverá palestras sobre o mundo das corridas, conversas sobre jornalismo e oficinas de produção de noticiário.

A primeira etapa de Maratonando com o MST será realizada em Pernambuco, a partir deste sábado (29), e vai até o dia 9 de setembro. Ao sair de Petrolina, o jornalista vai percorrer assentamentos distribuídos às margens do rio São Francisco, ao largo da Estrada da Reforma Agrária (trecho da BR-428). 

Neste ano haverá pelo menos mais uma etapa do projeto, ainda a ser definida (possivelmente será no Rio Grande do Sul).

“Vou correr pelos assentamentos e mostrar o que o MST está fazendo, como as experiências na área da produção agrícola orgânica e trabalhos de alfabetização”, diz o jornalista, que tem dois livros sobre corridas – “Maratonando” e “+Corrida”. 

Em dezembro de 2013 e janeiro de 2014, Lucena fez trabalho similar ao que inicia agora; naquele período, percorreu 460 quilômetros pela cidade de São Paulo, mostrando personagens e locais pouco conhecidos da metrópole.

“A ideia é exatamente como a que fizemos em São Paulo, mostrando pontos da cidade que pouco aparecem para o grande público. Isso também acontece com o MST, nós vemos muito a parte polêmica do movimento, mas pouco do que eles estão fazendo mesmo no dia a dia, o outro lado”, explica Lucena.

As atividades serão documentadas em textos, fotos e vídeos publicados em um blog especialmente criado para o projeto, que também trará observações sobre a vida e o trabalho nos assentamentos e acampamentos dos sem terra.

O projeto é totalmente financiado pelo próprio jornalista e pelo MST. Interessados em apoiar são bem-vindos.
 

adilson com titulo!.jpg