Movimentos debatem Encíclica do Papa Francisco em Santa Catarina

A Pastora Cibele Kuss, da Fundação Luterana, disse que a religião pode alienar ou libertar, e que sempre será um espaço de ambiguidade.

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Por Leticia Pereira
Da Página do MST

“O cuidado da casa comum: Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”. Estas ideias foram a base do debate que movimentos populares, sindicatos, igrejas, pastorais sociais e mandatos de parlamentares trouxeram para a reflexão neste sábado (31), em Chapecó (SC). 

Cerca de 500 militantes, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, estiveram reunidos na articulação e luta em defesa de uma casa comum onde os seres humanos e a natureza sejam respeitados de forma integral.

Para João Pedro Stedile, da Via Campesina e do MST, este é um importante momento para os movimentos populares, “pois finalmente se tem um Papa, que além de Papa, é um líder popular que está preocupado com o rumo da humanidade”.

 

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A Pastora Cibele Kuss, da Fundação Luterana, disse que a religião pode alienar ou libertar, e que sempre será um espaço de ambiguidade. 

“Hoje podemos encontrar organizações religiosas extremamente conservadoras, e essas organizações não estão isoladas do sistema econômico. Enfrentamos hoje, no Brasil, juntamente com a crise, um profundo fundamentalismo e um crescente fascismo. Nossos companheiros haitianos, por exemplo, estão sendo hostilizados e até mesmo assassinados; a violência contra as mulheres tem aumentado e muito. São atitudes de ódio contra os seres humanos”, disse a pastora. 

Do seminário também foram tirados encaminhamentos para serem realizadas nas diferentes regiões do estado, atividades como o fortalecimento do trabalho de base, o diálogo sobre a encíclica nos municípios e paróquias.