Acampamento aponta desafios para a juventude do DF no próximo período

Durante quatro dias, cerca de 400 jovens se reuniram para debaterem a organização da juventude e seus desafios.

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Por Adi Spezia
Da Página do MST

Durante quatro dias, o Acampamento Popular da Juventude do DF e Entorno reuniu cerca de 400 jovens do campo e da cidade no Instituto Federal de Brasília (IFB), em Planaltina.

A atividade, construída pela própria juventude, ocorreu entre os dias 31 de outubro a 2 de novembro. A programação do espaço contou com debates sobre a crise econômica e as constantes violações de direitos humanos pelas opressões do machismo, do capitalismo e homofobia.

Segundo katty Hellen, do Levante Popular da Juventude, o acampamento surge da necessidade de organizar a juventude no DF para a construção de uma nova sociedade.

“Vivemos um momento em que o grande desafio proposto para juventude é se organizar e ser protagonista da construção de um Projeto Popular para o Brasil”, afirmou Katty.

 

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Por isso, além da juventude orgânica dos movimentos, também esteve presente no acampamento jovens que nunca haviam tido contato com os movimentos populares, mas que estão em busca de construir novas formas de se organizarem.

Mística e luta

Como ferramenta de luta, discutiu-se também o papel da Agitação e Propaganda, além das diversas técnicas conduzidas com as oficinas de estêncil, batucada, teatro do oprimido, cartaz e faixas, criação de paródias, cobertura e manifestação, memes e lambe lambe.

Para Janderson Barros, do coletivo de juventude do MST no DF, o acampamento cumpriu o papel de levar os jovens a compreender a conjuntura política do país para que atuem sobre ela. Além de lembrar o papel da mística nesse processo.

“As nossas músicas, a batucada e palavras de ordem transmitem a mensagem que a juventude do campo popular tem construído, e este espaço foi, principalmente, um momento de despertar a juventude para a organização política em suas comunidades urbanas e rurais”, disse Barros.

 

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Escracho “ForaCunha

No último dia de acampamento a juventude deixou seu recado em frente à casa do presidente da Câmara, o deputados federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que fica na &”39;Península dos Ministros’ no Lago Sul, em Brasília.

O objetivo foi denunciar o deputado investigado por corrupção e principal articulador da ofensiva conservadora contra a classe trabalhadora no país, além de pedir sua deposição na presidência da Câmara.

Para Katty, “a ação com certeza se soma à luta da classe trabalhadora contra a retirada de direitos do povo brasileiro.”

Já na avaliação de Janderson, o ato cumpriu seu objetivo de transmitir a mensagem da juventude para a sociedade, de que “esse Congresso conservador não nos representa, e que o Cunha como principal ator nessa novela de retrocessos deve ser deposto”.
 

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