MST cobra posicionamento do Estado sobre venda de áreas a Reforma Agrária no RS

“Nossa expectativa era sair com áreas designadas para assentamento de famílias acampadas. Vamos continuar ocupando e pressionando o Estado a se posicionar”, adiantou Cedenir de Oliveira, dirigente nacional do MST.

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Da Página do MST

Foto: Leandro Molina

Após cumprirem acordo firmado na semana passada para sair de fazendas ocupadas no Rio Grande do Sul, dirigentes do MST se reuniram com secretários do governo gaúcho, nesta segunda-feira (9), para tratar sobre a desapropriação de áreas, como da Companhia Nacional de Silos e Armazém (CESA), da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). 

O deputado Edegar Pretto (PT), um dos mediadores das negociações do Movimento, explicou que foram apresentadas as áreas de interesse para fins de aquisição e Reforma Agrária. 

A superintendência do Incra/RS tem interesse para comprar duas áreas da CESA em Vitória das Missões e Cruz Alta; duas áreas da CEEE em Charqueadas e Candiota; e uma área do IRGA em Palmares do Sul.

“Agora depende do Estado manifestar a vontade. Se há áreas públicas e recurso, por que não transformar em terra produtiva da Reforma Agrária?”, questionou Pretto.

A reunião ocorreu na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com presença dos presidentes da CEEE, CESA, IRGA e Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). O próximo passo é avaliar se o Estado poderia solicitar o pagamento como abatimento da dívida com a União. O processo será estudado pelo Incra.

“Nossa expectativa era sair com áreas designadas para assentamento de famílias acampadas. Vamos continuar ocupando e pressionando o Estado a se posicionar”, adiantou Cedenir de Oliveira, dirigente nacional do MST.

Ao todo, as cinco áreas de interesse do Incra no estado somam 3,2 mil hectares, o que, segundo o MST, daria para assentar cerca de 200 famílias.