Em dez regiões da Bahia, Sem Terra se preparam para o 28º Encontro Estadual do MST

O encontro estadual pretende mobilizar cerca de 1.500 trabalhadores para dar continuidade ao processo de formação e construção das lutas em defesa da Reforma Agrária no estado.

_MG_0377EDITweb.jpg

Do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Fotos: Manuela Hernández 

Nesta sexta-feira (4) começará uma série de encontros regionais em toda Bahia com objetivo de preparar a militância Sem Terra para o 28º Encontro Estadual do MST, que será realizado entre os dias 10 a 13 de janeiro, no Parque de Exposição, em Salvador. 

O encontro estadual pretende mobilizar cerca de 1.500 trabalhadores assentados e acampados para dar continuidade ao processo de formação e construção coletiva das lutas em defesa da Reforma Agrária no estado. 

As atividades nas regiões começam com o Encontro Regional do Recôncavo e do Baixo Sul, que serão realizados de 4 a 6/12. Em seguida, a militância do Sul baiano realiza seu encontro de 7 a 9/12.

Além dessas regiões, o Sudoeste, Extremo Sul, Oeste, Norte, Nordeste, São Francisco e Chapada Diamantina já estão com os encontros agendados para o mês de dezembro.

Leonice Ferreira, da direção estadual do MST, acredita que a construção dos encontros fortalece a unidade política que precisa ser levantada pelos trabalhadores. 

“Ao longo dos 30 anos do MST sempre realizamos o processo avaliativo para compreender o que deu certo e o que deu errado. Nossos encontros precisam ter como horizonte a organicidade e perceber que ferramentas precisamos construir na luta pela Reforma Agrária”, explica Ferreira.
 

_MG_0390EDITweb.jpg

Desafios

Os encontros pretendem fortalecer a mística, a participação da juventude, das mulheres e aprofundar o debate sobre a agroecologia. 

Para os trabalhadores, o tema da produção agroecológica é essencial para compreender os métodos propostos pela classe trabalhadora na implementação de uma matriz produtiva que respeite a natureza e o ser humano.

De acordo com Lucinéia Durães, também da direção estadual, estamos vivendo um momento crucial no processo de organização das famílias, sendo estratégico construir novas perspectivas. 

“Queremos trazer como tema central, para além da massificação, a construção de novas relações de gênero, a agroecologia no contexto da cooperação e o debate em torno da educação do campo. São elementos que garantem a consolidação da Reforma Agrária Popular”, conclui Durães.

Nas dez regiões o MST pretende mobilizar mais de 2 mil trabalhadores nos encontros para ajudar a construir e definir os rumos que garantam desenvolvimento político, crescimento ideológico e fortalecimento econômico às famílias assentadas e acampadas.