Mulheres camponesas se formam no curso de Práticas em Agroecologia no Paraná

O curso que iniciou em abril deste ano é uma parceria entre a UFFS e movimentos sociais do campo, teve como objetivo a formação em agroecologia de mulheres camponesas.

 

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Por Geani Paula
Da Página do MST

Na manhã desta quinta-feira (03/12), cerca de 60 mulheres camponesas se formaram no curso de Organização Produtiva de Mulheres e Promoção de Autonomia por meio do Estímulo à Prática Agroecológica, pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).

O curso que iniciou em abril deste ano na pedagogia de alternância é uma parceria entre a UFFS e movimentos sociais do campo, teve como objetivo a formação em agroecologia de mulheres camponesas.

Maria Izabel Grein, do coletivo de mulheres do MST, lembra a importância do curso para a formação de companheiras camponesas, pois o capital prega que o papel da mulher é para trabalhar em casa e que não precisa estudar.

“O capitalismo precisa dizer para as mulheres, vocês servem para fazer coisas e não para pensar, vocês precisam voltar para casa e cuidar dela”, diz Grein.
 

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A produção agroecológica é entendida pelas mulheres em seu aspecto mais amplo. Ela é responsável por uma melhor condição de trabalho, ao eliminar da produção elementos prejudiciais à saúde, como os agrotóxicos.

“Aprendi nessas etapas de curso que quem irá fazer agroecologia somos nós mulheres, pois queremos levar uma alimentação saudável para nossos filhos, e nos preocupamos com a qualidade e não apenas com a quantidade de alimentos produzidos”, indagou Izabel de Souza, educanda do MST.

Participaram mulheres do Movimento Sem Terra (MST), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF).

Segundo a coordenação, esse foi o primeiro curso de formação com as camponesas, o planejamento é dar continuidade em novas turmas, para dar seguimento ao processo formativo de mulheres do campo.