Sem Terra se mobilizam contra sucateamento da educação no ES

Os Sem Terra se manifestam contra as recentes medidas instituídas pelo governo, que tem como objetivo prejudicar ainda mais a educação pública do estado.

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Da Página do MST 

Cerca de 500 Sem Terra ocuparam a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Vitória (ES), na manhã dessa segunda-feira (15).

Na parte da tarde, os trabalhadores rurais realizaram um protesto em frente ao Palácio Anchieta para pressionar a realização de uma audiência com o governo do estado. Os trabalhadores se mobilizam contra as recentes medidas instituídas pelo governo estadual na educação do campo, que pretende reduzir a carga horária dos trabalhadores nas redes de ensino. 

“A proposta do estado é pagar somente a hora/aula dada por cada educador. Esse é um projeto que sucateia o ensino público. Além disso, também estamos aqui contra o fechamento e a nucleação das escolas do campo, e para exigir o reconhecimento da pedagogia da alternância, a aprovação imediata das diretrizes operacionais das escolas dos assentamentos a criação do projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA) para o ensino médio dos assentamentos”, disse Adelson Lima, da direção estadual do MST.

Desde o começo de fevereiro, os trabalhadores rurais estão se mobilizando contra a proposta da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), que desconsidera a Pedagogia da Alternância. Neste modelo, os alunos intercalam um período de convivência na sala de aula com outro no campo, garantindo a permanência dos alunos no meio rural. A Sedu vinha se mostrando irredutível no diálogo.

Após a mobilização desta segunda, os Sem Terra conseguiram marcar uma audiência para esta tarde com a Secretaria de Educação, de Agricultura e com o chefe da casa civil.

Além da pauta da educação, os trabalhadores também exigem a obtenção de terras no estado e o levantamento imediato de terras devolutas para o assentamento das três mil famílias acampadas na região.

Outra reivindicação é a construção imediata de barragens na região e a punição do estado pela contaminação do Rio Doce com a tragédia de Mariana ocorrida no final do ano passado.