Na Bahia, Sem Terra discutem educação no campo e agroecologia

Um dos pontos de destaque nas discussões foi o fortalecimento da campanha permanente “MST pela vida. Agrotóxico zero”.

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Do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

 

Com objetivo de fortalecer a educação do campo como ferramenta para construção da agroecologia na brigada Aloísio Alexandre, foi realizado entre os dias 13 e 14 de fevereiro mais um encontro intersetorial na região do Extremo Sul baiano. 

Desta vez, o encontro aconteceu no Assentamento Paulo Freire, em Mucuri, e contou com a participação de 80 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra, assentados e acampados. 

Um dos pontos de destaque nas discussões foi o fortalecimento da campanha permanente “MST pela vida. Agrotóxico zero”, que está mobilizando trabalhadores em todo estado em defesa da produção agroecológica e alimentação saudável.

Além disso, os Sem Terra estudaram o atual cenário político e os setores regionais do Movimento apresentaram o planejamento para o ano. 

De acordo a Mariza da Silva, da direção estadual do MST, a brigada Aloísio Alexandre se caracteriza historicamente pela luta dos direitos educacionais e a construção de uma educação do campo que valorize a identidade da classe trabalhadora.

“Entendemos a agroecologia como matriz produtiva e filosofia de vida que se contrapõe ao modelo de produção do capital. A educação do campo é uma das importantes dimensões dessa construção”, explicou Silva.

Fruto das lutas em defesa da educação na brigada, foi a construção de uma escola estadual de tempo integra, que está em pleno funcionamento.

Pensando nisto, Paulo Cesar, também da direção estadual, diz que o desenvolvimento de uma educação que respeite e potencialize a identidade dos povos oprimidos é a chave fundamental na construção de uma sociedade justa é igualitária.

“Temos alguns desafios nesse campo, em especial o combate ao analfabetismo. Por isso, compreendemos que a campanha ‘Analfabetismo Zero’ e o método cubano ‘Sim, eu Posso’ são ações transcendentais nessa construção”, afirmou Cesar.

 

Escola Popular

Uma outra conquista pontuada durante o encontro, foi a construção da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Bruneto, localizada no Assentamento Jaci Rocha, no município do Prado.

Para Elielson Loures, da direção regional do MST, a escola popular é uma ferramenta que fortalece a unidade dos trabalhadores do campo por formar e capacitar nas linhas e princípios da agroecologia. Desde a dimensão teórica e prática.