No Paraná, mulheres do MST ocupam mais um pedaço da área grilada pela Araupel

A empresa Araupel é exemplo do modelo de agronegócio que produz apenas para exportação, com as terras cobertas por um deserto verde de pinus e eucalipto.

Da Página do MST

Cerca de 450 famílias do MST, acampadas no Herdeiros da Terra de 1° de Maio, em Rio Bonito do Iguaçu, região centro do Paraná, ocuparam no último domingo (6), uma área denominada Guajuvira pertencente ao título Pinhal Ralo nas terras griladas pela empresa Araupel.

A ocupação realizada pelo Movimento foi para evitar confronto com uma outra organização chamada de Ligas Camponesas que estava ameaçando ocupar a área com interesse de retirar as madeiras do local.

A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas que neste ano traz o lema: “Mulheres na luta em defesa da natureza e alimentação saudável, contra o agronegócio”.

A Jornada tem como objetivo denunciar o capital estrangeiro na agricultura brasileira por meio das empresas transnacionais, chamando a atenção da sociedade do modelo destrutivo do agronegócio para o meio ambiente, a ameaça à soberania alimentar do país e a vida da população brasileira, afetando de forma direta a realidade das mulheres.

No Paraná, a empresa Araupel é exemplo claro desse modelo, pois não produz alimentos, apenas madeira para exportação, com as terras cobertas por um deserto verde de pinus e eucalipto.

As pautas gerais da luta são os agrotóxicos, a mineração, a reforma da previdência, a violência contra as mulheres, as sementes transgênicas, a Reforma Agrária e a impunidade no Massacre de Eldorado dos Carajás que esse ano completa 20 anos.