Mais de quatro mil trabalhadores montam acampamento no Farol da Barra

A ação reafirma o compromisso dos trabalhadores em ocupar as ruas para pautar a Reforma Agrária Popular e exigir justiça aos lutadores do povo que morreram em defesa de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.

 

Por Wesley Lima
Da Página do MST 

Após o trancamento da BR 324, por um período de quatro horas, realizado nesse sábado (16), mais de quatro mil trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra se deslocaram para o Farol da Barra e, em ato simbólico, estão montando um grande acampamento por tempo indeterminado.

A ação reafirma o compromisso dos trabalhadores em ocupar as ruas para pautar a Reforma Agrária Popular e “exigir justiça aos lutadores do povo que morreram em defesa de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária”, diz o MST.
 

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Além disso, a ação se soma à jornada nacional de manifestações contra o golpe e a favor da democracia, que foi convocada pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, reunindo mais de 20 categorias de trabalhadores, movimentos populares, partidos e entidades sindicais em todo país.

Para o MST a ocupação de um espaço, como o Farol da Barra, que historicamente caracteriza-se como da elite burguesa, significa um marco histórico na luta pela democracia no país.

Pensando nisso, os trabalhadores realizarão uma programação de atividades na tarde e noite do dia 16, com artistas populares, resgatando a cultura e a história de luta do povo.

Vai ter Reforma Agrária

Além de fortalecer as lutas contra o golpe e defender a democracia, durante o fechamento da BR, os Sem Terra realizaram diversas intervenções artísticas e culturais, apontando a luta pela terra como base norteadora do diálogo com a sociedade.

Esta ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que durante todo mês de abril vem denunciando a criminalização dos movimentos populares e o aumento da violência no campo.

Além disso, vão denunciam os 20 anos de impunidade do Massacre de Eldorado dos Carajás e o assassinato dos Sem Terra Vilmar Bordim (44) e Leonir Orback (25), mortos numa emboscada montada pela Polícia Militar e funcionários de empresa Araupel, na última quinta-feira (07/04), dentro do Acampamento Dom Tomas Balduíno, em Quedas do Iguaçu (PR).

A direção do MST na Bahia, diz que “estarão nas ruas para pautar a Reforma Agrária e exigir justiça por aqueles e aquelas que morreram em defesa de uma sociedade mais justa e igualitária”.