No Pará, I Jornada Universitária debate a Reforma Agrária na Amazônia

Temas como a questão agrária no Brasil e na Amazônia e diversidade e desafios da reforma agrária foram debatidos nos dois dias de jornada.

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Da Página do MST
Por Carlinhos Luz

 

Entre os dias 26 e 27 de abril aconteceu a I Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária na Universidade Federal do Pará (UFPA).

A jornada, que é realizada em várias universidades brasileiras, tem como objetivo trazer para dentro da academia o debate sobre a importância da reforma agrária e sua defesa, trazer o elemento da reforma agrária para o cotidiano da Universidade, como por exemplo, a produção de alimentos saudáveis, ciranda infantil, mística, etc.

Participaram também estudante de diversos cursos como Pedagogia, Geografia, serviço social, professores, representantes de instituições públicas, camponeses e ribeirinhos.

 

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“É na academia que também estão as formulações teóricas e se ganhamos a universidade para o campo da reforma agrária, estamos ganhando professores e estudantes para a defesa de nossa proposta. E a universidade precisa estar do lado dos trabalhadores do campo e da cidade”, afirma Jane Cabral da direção estadual do MST.

No evento também aconteceu a Feira da Reforma Agrária. Produtos como pupunha, hortaliça, mel, goma, frutas, queijo, macaxeira, tucupí, tapioca, e artesanatos foram comercializados durante a jornada.

A produção veio dos acampamentos Jesus de Nazaré, Carlos Marighella, Terra Cabana, Quintino Lira e assentamentos Mártires de abril e Abril Vermelho.

Para Adolfo Neto, professor da faculdade de Geografia e Cartografia da UFPA, “a jornada foi histórica porque demarca que há processos de resistência que nos permite pensar um futuro diferente daquilo que está sendo proposto como perversidade para o campo brasileiro”.

 

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“A universidade que não se aproximar do povo não sabe o que vai ser o futuro. Se ela quer ter vida e entender o que é o nosso território e nosso povo ela tem que e aproximar. Isso não é uma opção e sim uma necessidade”, sentencia Adolfo.

Temas como a questão agrária no Brasil e na Amazônia e diversidade e desafios da reforma agrária foram debatidos nos dois dias de jornada. Também foi lançado o disque-denúncia contra o fechamento das escolas do campo.

“No atual momento precisamos conquistar espaços, por isso é importante levar o debate da reforma agrária popular para dentro da universidade, onde sabemos que também tem a forte presença do agronegócio em diversos cursos e programas”, finaliza Jane Cabral.