Juiz determina saída de famílias acampadas na Floresta Nacional

Ocupada pelo MST no último sábado (04), a área da floresta nacional tem cerca de 800 hectares são de árvores exóticas (pinus)

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Por Fábio Reis
Da Página do MST

Nesta terça-feira (07), o Acampamento Marcelino Chiarello, recebeu a visita do juiz da 1ª Vara Federal de Chapecó, Gueverson Rogério Farias, do delegado da polícia Federal e representantes do Ministério Público.

Junto com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) realizaram vistoria na área da floresta nacional, ocupada pelo MST no último sábado (04), e propuseram um acordo de saída da área, porém não houve consenso no acordo e uma audiência foi marcada para esta quarta-feira (08), na 1ª Vara Federal.

Nesta audiência o Ministério Público levantou os pontos com relação aos impactos que as famílias causariam no local, caso permanecessem por muito tempo, mas elas montaram o acampamento em um local aberto não agredindo a natureza existente, tendo em vista o cuidado com a floresta.

Para a coordenadora do MST, Camila, a luta continua, pois nada justifica o Governo gastar um imenso recurso para manter uma reserva de pinus, quando é possível reverter a situação, algo que depende apenas da vontade política do governo.
 

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O juiz também ponderou a questão das crianças do local e pela situação precária que estão passando, bem como a proteção das pessoas. Nesse sentido, chegou-se a um acordo de 20 dias para que o MST desocupe a área. Porém o Movimento reivindica que o INCRA realoque as famílias acampadas para uma área, seja a Floresta Nacional ou não.

De acordo, Camila, a reserva nacional não cumpre com a sua função social, já que cerca de 800 hectares são de árvores exóticas (pinus), por isso ela deve ser destinada a Reforma Agrária.

*Editado por Iris Pacheco