Militante do MST assume secretaria de promoção da igualdade racial

Mulher, negra, militante Sem Terra e socióloga. Essas são algumas características de Fabya dos Reis Santos que assume a Sepromi-BA

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Mulher, negra, militante Sem Terra e socióloga, essas são algumas características de Fabya dos Reis Santos. Após atuar na coordenação da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi-BA), na manhã desta segunda-feira (08), Fabya assumiu o cargo de secretária, substituindo Verá Lúcia Barbosa, também militante do MST e que realiza a função desde 2015.

A transmissão do cargo aconteceu na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) em uma plenária que representava a pluralidade de sujeitos, identidades, movimentos e organizações populares que constroem a Sepromi.

A mística do MST e o contexto histórico, que formou politicamente Fabya Reis e Lucia Barbosa, estiveram presentes nas diversas homenagens realizadas pelos movimentos e organizações populares, que vêm construindo e pautando políticas públicas em defesa de uma sociedade livre do racismo.

Essa mesma bandeira foi defendida por Evanildo Costa, da direção nacional do MST, ao afirmar que o Movimento desde a sua fundação sempre se caracterizou por ser popular, tendo o protagonismo de uma diversidade de sujeitos em torno da terra.

“Defender a luta contra as opressões e fazer um recorte racial neste contexto, precisa ser entendido como um pilar que está dentro da Reforma Agrária Popular. Temos a tarefa de ser os instrumentos impulsionadores de uma sociedade realmente igualitária e isso só será possível a partir da unidade em torno de temas específicos, defendidos pelos movimentos do campo e da cidade”, explicou Costa.

Para Fabya assumir a Sepromi é um desafio que exige cada vez mais transversalidade de todas as secretarias de governo e o empenho incessante da sociedade organizada nos diversos setores.

Emocionada com as homenagens e tendo como plano de fundo a militância no MST, Ela enfatizou que a luta se constrói em diversos campos políticos, porém “a base popular é e sempre será o espaço de afirmação de minha identidade quanto mulher, negra e Sem Terra”.

O MST em sua homenagem à Fabya, com poemas e falas, reafirmou a necessidade de permanecer em Movimento organizando as famílias em torno da Reforma Agrária e formando novos quadros para estar à frente da luta política em seus diversos setores.

Editado por Iris Pacheco