MST realiza o 1º Curso Estadual de Formação de Militantes da Bahia

Com o desafio de avançar no processo de formação dos trabalhadores assentados e acampados para consolidar novos quadros organizativos, o curso trouxe diversas temáticas.
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Por Coletivo de Comunicação MST/BA
Da Página do MST

 

Envolvidos nas canções, místicas e gritos de ordem construídos nos 32 anos de luta do MST, cerca de 70 militantes participaram do 1º Curso Estadual de Formação Política, entre os dias 15 e 30 de agosto, na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no Prado, Extremo Sul baiano.

Com o desafio de avançar no processo de formação dos trabalhadores assentados e acampados para consolidar novos quadros organizativos, o curso trouxe diversas temáticas que vão desde o estudo aprofundado da luta pela terra no Brasil ao debate do feminismo, patriarcado e relações de gênero.

 

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Além disso, foi estudado o atual cenário político brasileiro, com foco, no iminente golpe institucional instaurado com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com Dionara Ribeiro, da Escola Popular, “necessitamos elevar o nível de consciência da nossa militância que dirige nosso movimento, principalmente, neste momento crítico com o golpe”.

Já Antônio Martins, mais conhecido como Toizinho, falou do nascimento do MST, a partir de uma analogia com os escritos bíblicos. “Nossa luta vem desde os povos de Israel que sempre demonstraram força e coragem no enfrentamento as opressões do rei do Egito e sonhavam com a terra prometida”.

Para Martins, os processos de luta que antecederam os 32 anos do MST, assim como, as vitórias e perdas são legados históricos que constroem politicamente o Movimento nos tempos de hoje.

Durante os quinze dias de estudo e debate, alguns temas foram mediados por representantes da direção nacional do Movimento, como Kelly Mafort, de São Paulo e José Ricardo, do Ceará.

 

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Ricardo acredita que o atual momento vivido pelos trabalhadores e trabalhadoras apontam “mudanças constantes no governo e o estudo, realizado no curso de formação, tem ajudado a melhorar as lutas e o fortalecimento dos trabalhos de base”.

No final da atividade, os participantes receberam um certificado de conclusão onde foi apontado o desafio da organização das bases do Movimento, do enfrentamento ao agronegócio, às desigualdades sociais e o fortalecimento da luta em defesa de uma sociedade diferente.

 

 

*Editado por Rafael Soriano