MST homenageia Paulo Kageyama no extremo sul da Bahia

A contribuição política do professor na construção da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no extremo sul da Bahia, foram as referências históricas que mediaram a homenagem

 

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

A contribuição política do professor Paulo Kageyama na construção da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no extremo sul da Bahia, foram as referências históricas que mediaram a homenagem realizada pela direção estadual do MST.

Ao inaugurar um bosque, nesta última quinta-feira (13), adubado com as cinzas do professor, falecido em maio deste ano, Elizabeth Rocha, da direção nacional do MST, afirmou que o voltar a terra é um destino traçado, porém “é da mesma terra que brotam vidas, dando continuidade à luta popular”.

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Uma marcha foi construída pela Escola e no percurso a sua história de vida era contada com a simbologia das ferramentas de trabalho, através do sorriso das crianças, dos livros nas mãos, do lápis, papel e do erguer do braço esquerdo. Os olhares estavam atentos diante das diversas palavras de rebeldia e das lembranças de luta do professor em defesa da agroecologia.

Por outro lado, destacando o processo de construção da escola com foco na participação do professor, Evanildo Costa, também da direção nacional, disse que hoje o MST possui uma escola que trabalha com agroecologia e agrofloresta a partir da luta de cada trabalhador e trabalhadora Sem Terra, mas também com a contribuição de diversos seguimentos sociais e amigos da Reforma Agrária, como Kageyama.

“Sem ele não teríamos essa escola. Não teríamos assentamentos agroecológicos e sustentáveis aqui no extremo sul do estado”, enfatizou.

Identidade de classe

O dirigente explicou também que Paulo Kageyame foi um intelectual da agroecologia referência no brasil e no mundo e conseguiu romper com muitas pessoas que se cooptaram nas estruturas do sistema capitalista. “Kageyama fez o inverso. Colocou seu conhecimento a serviço da classe trabalhadora”.

No ato de plantar as mudas, já adubadas com as cinzas, Costa disse: “nós não estamos plantando apenas árvores. Estamos plantando o sonho de Paulo Kageyama. Estamos plantando a agroecologia”.

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Projeto de sociedade

Nesse sentido, Elizabeth lembrou que o MST possui a intencionalidade de plantar no solo da Escola Popular uma proposta agroecológica e de luta permanente. “Plantar Paulo Kageyama simboliza a mística e o alimento necessário para darmos passos em nossa proposta de Reforma Agrária Popular, nossa proposta de agroecologia e por fim, na construção do socialismo”.

Esse mesmo ato místico em homenagem ao professor foi realizado no dia 17 de setembro na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP), envolvendo militantes do MST, amigos e sua companheira de vida e luta, Cristina.

*Editado por Iris Pacheco