Juventude Sem Terra realiza ocupações em escolas nos assentamentos do Paraná

Nos colégios ocupados, a juventude tem realizado a organização de diversas atividades de estudo, debate e oficinas, entendendo que a formação é uma das principais tarefas do processo de ocupação.

Por Geani Paula Souza da Rosa
Da Página do MST

Foto de capa: Geani Paula Souza da Rosa
 

Nas ultimas semanas um grande movimento de ocupações de escolas no Paraná tem mostrado a organização dos jovens em lutar por seus direitos. No estado já são mais de 900 instituições ocupadas, tendo como pauta principal a PEC 241 e a reforma do ensino médio.
 

A juventude do MST, organizada em seus coletivos regionais, fortaleceram as mobilizações organizando também as ocupações nos colégios de assentamentos do estado. Ao todo já são nove escolas ocupadas em assentamentos de várias regiões.
 

“A Juventude Sem Terra tem se somado ao movimento de ocupação das escolas promovido pelos estudantes secundaristas de todo o país, entendendo a exigência da conjuntura de fazer luta e manter a unidade entre a juventude do campo, da cidade e da classe trabalhadora em geral”, disse Juliana Cristina, da coordenação do coletivo da juventude no Paraná.

 

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Foto: Wellington Lenon

 

Nos colégios ocupados, a juventude tem realizado a organização de diversas atividades de estudo, debate e oficinas, entendendo que a formação é uma das principais tarefas do processo de ocupação.
 

“As temáticas de formação nas escolas que estão ocupadas, vão desde a questão política e organizativa, até temas importantes na formação da juventude como gênero, sexualidade e agroecologia”, relatou Juliana.
 

Para a permanência nas escolas, os estudantes estão se organizando com a alimentação e a limpeza de seus espaços. Nos locais, a comunidade e pais ajudam com mantimentos e apoio as ocupações.
 

Para o educando Ezequiel Almeida, do Colégio Estadual do Campo Iraci Salete Strozak, em Rio Bonito do Iguaçu, ocupado desde o ultimo dia 11, a participação da comunidade é bastante importante na continuidade dessa luta pela educação.
 

“A comunidade está contribuindo com alimentação e com doações para compra de materiais, que são super importantes para podermos continuar a luta contra a reforma do ensino médio”, falou Almeida.
 

Para garantirem a organicidade na escola, os educandos estão divididos em equipes de trabalho e coordenação, garantindo limpeza e alimentação de forma coletiva e organizada.

 

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Foto: Wellington Lenon

 

Debate com as escolas da cidade
 

Desde o inicio das ocupações nas escolas, a juventude Sem Terra vem construindo relações de trocas de experiências, oferecendo apoio à organização e levando alimentos aos estudantes.
 

Para o debate do dia a dia, os jovens promoveram panfletagem com a sociedade e participaram de debates organizados por outros setores, a fim de compartilhar experiências.
 

*Editado por Gustavo Marinho