Em Pernambuco, cerimônia comemora I turma multiprofissional em saúde no campo

Em funcionamento desde 2014, já em sua terceira turma, o curso se propõe consolidar a formação de profissionais em saúde com olhar qualificado para a população

 

Por Phillyp Mikell
Da Página do MST 

 

Fruto de uma parceria entre o MST, a Universidade de Pernambuco (UPE) e a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) formou-se em Pernambuco a I turma multiprofissional de Saúde com ênfase em saúde das populações do campo.

Em março de 2017 aconteceu a cerimônia de graduação da turma no Centro de Formação Paulo Freire, localizado no Assentamento Normandia-Caruaru/PE. Participaram representantes das comunidades assentadas e quilombolas, também participou o poder público municipal e representantes da UPE.

O curso

O curso teve duração de dois anos sendo suas práticas educacionais realizadas  em áreas do campo em Caruaru/PE  e em Garanhus/PE atendendo 133 famílias assentadas e quilombolas, divididas em 6 comunidades com uma população de cerca de cinco mil habitantes.

Em funcionamento desde 2014, já em sua terceira turma, o curso se propõe consolidar a formação de profissionais em saúde com olhar qualificado para uma população específica e que possam contribuir na organização das comunidades atendidas.

Os educandos contemplam uma ampla gama de saber nas áreas de saúde: enfermagem, educação física, terapeuta ocupacional, dentista, serviço social, medicina veterinária, psicologia, nutrição, farmácia, fisioterapia.

Com o apoio das Estratégias de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio à saúde da Família (NASF) os residentes acompanharam seis assentamentos, seis comunidades quilombolas e a população das proximidades.

Segundo Maria Gerlania da Direção Estadual do MST de Pernambuco: “a graduação representa uma conquista dos povos do campo que a muito vem lutando para que possam ser reconhecido nas suas especificidades. Com certeza (os profissionais) saíram com outro olhar do que é a vida do campo, entendendo as adversidades, dificuldades no acesso aos serviços, mas também a capacidade de organização e luta desses povos”.