MST condena ação do Poder Judiciário de Sergipe

O MST denuncia a repressão e a violência no campo que, através do avanço do modelo capitalista e potencializado pelo golpe no Brasil, ameaça cada vez mais a classe trabalhadora

 

 

Da Página do MST 

 

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Sergipe vem a público repudiar a ação arbitrária da Polícia Militar do Estado e do Poder Judiciário de Sergipe diante do ocorrido na Fazenda Araçás, na manhã da última quinta-feira (18), no município de Graccho Cardoso, onde 30 famílias Sem Terra organizam – desde o dia 22 de abril -,o acampamento Fidel Castro.

As famílias foram surpreendidas no acampamento com a chegada de um oficial de Justiça, acompanhado por nove policiais civis, apresentando liminar de despejo para execução imediata, sem aviso prévio ou negociação. Os acampados e acampadas foram despejados, de forma intimidadora e sem chance de defesa, além de terem dito seus barracos derrubados por um trator.

No processo de despejo foi efetivada a prisão de um acampado que reclamou da falta de comunicação prévia por parte da Justiça. Ao final da tarde o acampado foi liberado.

O MST denuncia a repressão e a violência no campo que, através do avanço do modelo capitalista e potencializado pelo golpe no Brasil, ameaça cada vez mais a classe trabalhadora. 

Lembramos que atuamos de forma organizada para que a Reforma Agrária avance. Reivindicamos que a terra cumpra sua função social e que seja destinada para beneficiar as oito mil famílias acampadas em Sergipe.

Direção Estadual do MST

Sergipe, 18 de maio de 2017