Juventude Sem Terra debate saúde no campo em seminário na Bahia

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Com o objetivo de iniciar um amplo processo de formação sobre a saúde popular e a agroecologia com a Juventude Sem Terra e garantir estruturas no campo que atendam às necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras, o MST realizou nos dias 19 e 20 de maio, na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, na cidade de Prado, o 2º Seminário de Saúde para Juventude.

Cerca de 50 jovens provenientes de assentamentos e acampamentos da região participaram da atividade que teve como foco a valorização das práticas e saberes de saúde do campo, compreendidas como instrumentos legítimos e eficazes da promoção do cuidado.

Durante os dois dias foram discutidos os subsídios que os jovens precisam construir para projetarem os modos de vida, visualizando as potencialidades e limites de cada comunidade.

Nesse sentido, Jaine Silva, jovem assentada, acredita que o curso possibilitou trabalhar o processo de conscientização. “Saí do seminário com a convicção das potencialidades que tenho em ser uma agente de transformação social, capaz de conseguir mudanças efetivas na ampliação do acesso a saúde para mim e minha família”.

Por outro lado, Irone Silva, do Setor de Saúde do MST, reconheceu os desafios existentes sobre a participação da juventude no âmbito da saúde e destacou a importância que dos seminários. E foi pensando nisso, que Paulo Sabroza, médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirmou que &”39;a importância de mobilizar e incentivar os jovens a serem protagonistas de mudanças atua também na transformação de sua condição de vida e de sua comunidade&”39;.

Desafio

Um dos grandes desafios apontados no seminário é o da organização e entrega de instrumentos às áreas de assentamentos e acampamentos, para desenvolver melhores condições de vida. Para Danilo Araújo, do Setor de Saúde do MST, o seminário, focado na instrumentalização da nossa juventude em diversas áreas, conseguiu aprofundar o debate da saúde, vinculado ao tema da agroecologia, “que é um dos objetivos da nossa Escola Egídio Brunetto e do nosso movimento”.

Pré-Seminário

Os temas debatidos neste espaço surgiram no pré-seminário, realizado entre 4 e 6 de fevereiro, na Escola Popular, onde os jovens puderam socializar suas realidades, e a partir disso, detectadas as necessidades das comunidades.

Neste primeiro encontro foi possível visualizar a importância de garantir que todos os grupos populacionais tenham acesso á saúde de maneira democrática, digna e igualitária.

*Editado por Leonardo Fernandes