Mulheres do Paraná em defesa da alimentação saudável

Coletivo de trabalhadoras do Assentamento Eli Vive, em Londrina, amplia a produção de alimentos saudáveis para toda a região.

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Por Geani Paula de Souza
Da Página do MST
Fotos: Jovana Cestille

 

Produzir alimentos saudáveis, livre de agrotóxicos e que gere renda para as mulheres é o objetivo do coletivo de camponesas do Assentamento Eli Vive, localizado no município de Londrina, região norte do Paraná.

As camponesas do Assentamento Eli Vive estão organizadas em dois grupos de produção devido à distância da área. Ao todo, são mais de 30 mulheres que se organizam para produzir alimentos livre de veneno, gerando renda às famílias, e levando uma alimentação saudável para a população.

A produção dos dois grupos é bastante diversificada, desde hortaliças e leguminosas, batatas e mandiocas, entre outros, conforme a época de produção.

Em setembro de 2016, teve início o projeto Sacolas Camponesas, coordenado pelas professoras Eliane Tomiasi e Rosangela Moreira, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). A iniciativa visa o empoderamento das mulheres através de um processo de capacitação para a produção e comercialização de produtos de qualidade e livres de agrotóxicos.

 

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“Para as Sacolas da UEL vão produtos dos dois grupos, e aqueles produtos que são mais comuns, como a cebolinha e a mandioca, são feitos rodízios e cada semana uma camponesa fornece. Os demais produtos são fornecidos de acordo com a produção, mas temos buscado fazer um planejamento para garantir que todas entreguem algum produto e dessa forma tenham uma renda”, disse Jovana Cestille, uma das produtoras envolvidas.

Como parte do processo, estão sendo realizadas oficinas de capacitação, e semanalmente as mulheres organizam sacolas com sete itens, como temperos, tubérculos e verduras, etc., que são entregues aos apoiadores, professores, técnicos e alunos da UEL.

A partir deste projeto, outras “portas estão se abrindo”, como a barraca na feira dos Cinco Conjuntos, o meio espaço de comércio popular de alimentos da cidade de Londrina, que ocorre sempre aos domingos.

Novos passos para a comercialização

 

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No dia 10 de junho será realizado o I Feirão da Resistência e Reforma Agrária no espaço do MARL (Movimento dos Artistas de Rua de Londrina), um edifício abandonado, que foi ocupado em junho de 2015 pelo movimento de artistas, que ainda luta pela posse definitiva.

O feirão tem o objetivo divulgar a luta pela conquista do espaço, que está sendo organizado pelo MARL, mas que está disponível para todas as organizações sociais de Londrina e região, e claro, para divulgar o resultado da Reforma Agrária, propiciando a comercialização da produção dos assentamentos e acampamentos do MST.

 

*Editado por Leonardo Fernandes