Escola Carlos Mariguella: alimentação saudável para todos e todas

Espaço de formação em agroecologia e agrofloresta é desenvolvido junto a famílias acampadas e assentadas do Paraná.

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Por Geani Paula de Souza
Da Página do MST

 

&”39;Alimentação Saudável: um direito de todos&”39;. É com esse lema que os educandos e educadores da Escola Itinerante Carlos Mariguella, no Paraná, desenvolvem estudos e práticas agroecológicas para contribuir com uma alimentação de qualidade para as famílias acampadas e educandos.

O objetivo desse trabalho é fortalecer a Jornada Nacional Cultural, lançada em 2016 pelo Setor de Educação do MST, e que tem como uma das metas, fortalecer e divulgar práticas desenvolvidas nas áreas de acampamentos e assentamentos sobre a questão da alimentação e da Reforma Agrária Popular.

 

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Para realização do trabalho, os educadores utilizam os tempos educativos, como o tempo leitura, núcleo setorial e o tempo organicidade, para aprofundas a compreensão dos conteúdos e temas abordados na jornada, fazendo a relação com a teoria e a prática. Com isso, ampliam o conhecimento sobre agroecologia e alimentação saudável.

Nas atividades práticas com os educandos, o coletivo escolar e o Setor de Saúde do acampamento desenvolveram uma horta da escola, com a produção de hortaliças, que irá fortalecer a alimentação para a merenda, além das ervas medicinais.

Em parceria com o Setor de Produção e o Coletivo da Juventude, os educandos desenvolveram também a produção na agrofloresta.

Ainda no planejamento desse ano, eles pretendem integrar os educandos, juntamente com o coletivo de mulheres, e realizarem o processamento de alimentos para desenvolver práticas, como as conservas de tubérculos e legumes.

Escola Itinerante Carlos Mariguella

A Escola Itinerante Carlos Mariguella teve início no dia 13 de setembro de 2004, no acampamento Elias Gonçalves de Meura, em Planaltina do Paraná, região noroeste do estado.

Nos primeiros anos da escola, as aulas aconteciam na sede da fazenda, no estábulo onde ficava o gado, com carteiras e mesas improvisadas pelas famílias acampadas. A construção foi assumida pelas famílias do acampamento e do assentamento. Tratou-se de um processo coletivo, onde se organizaram para arrecadar recursos financeiros e a mão-de-obra. Processo assumido pelas instâncias da comunidade desde sua construção e até o pensar o nome da escola.

 

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A área onde as famílias estavam acampadas, em Planaltina do Paraná, era um local de disputas política muito grande, e como resultado desta disputa, no dia nove de abril do ano de 2012 foi feita a reintegração de posse a favor do fazendeiro. 

Com a reintegração, as famílias foram deslocadas para outro acampamento, no município de Carlópolis. Nesse local, elas deram continuidade ao processo de formação com a escola.

A escola está organizada na mesma forma que as demais escolas itinerantes do estado, ou seja, por Ciclos de Formação Humana.

 

*Editado por Leonardo Fernandes