Em Salvador, MST ocupa a Piedade com alimentos saudáveis na 3º Feira da Reforma Agrária

Além de reunir esses produtos, a Feira é um espaço de formação e estudo, com mesas temáticas e atrações culturais
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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Fotos: Juliana Adriano 

A Praça da Piedade, no centro de Salvador, está pequena para variedade de produtos de dez regiões da Bahia que estão na 3º Feira Estadual da Reforma Agrária, que começou nesta quinta-feira (8) e segue até sábado (10).

São mais de 150 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra envolvidos diretamente na construção do espaço, com o objetivo de ampliar o diálogo com a população soteropolitana sobre a Reforma Agrária Popular, a produção de alimentos saudáveis e denunciar o atual momento político de golpe e crise que vive o Brasil.

Ao caminhar pela Feira, os visitantes encontram farinha de mandioca, hortaliças e verduras do Sudoeste e Recôncavo baiano. Do Norte tem uva, mamão, batata doce, feijão. A região Sul chegou na Feira com cacau, chocolate artesanal e cupuaçu.

Do Baixo Sul e Extremo Sul a banana, o palmito, tomate, alface, manjericão e maracujá são destaques. Já da Chapada Diamantina o artesanato e produtos, como abóbora e aipim também estão presentes.

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Sem contar as regiões, São Francisco, Nordeste e Oeste, que possuem a caprinocultura como marca registrada. “Variedade, diversidade e qualidade definem a pluralidade de alimentos que desembarcaram em Salvador”, diz Elizabeth Rocha, da direção nacional do MST.

Além de reunir esses produtos, a Feira é um espaço de formação e estudo, com mesas temáticas e atrações culturais, com a presença confirmada de artistas e intelectuais, que atuam na formulação coletiva das lutas populares, no interior e na capital baiana.

Nesse sentido, Evanildo Costa, da direção nacional do MST, destaca que o espaço da feira é importante também para trazer debates e ser mais um instrumento de inserção das lutas pelas “Diretas Já” e por “Fora Temer” no cenário baiano.

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Ele acredita ainda que a feira precisa ser um espaço que aglutine muitas pessoas, construindo um ambiente importante para trabalhar a questão da formação política dos trabalhadores e acrescentou, “ao trazer a temática do alimento saudável, da educação popular e da luta política, por exemplo, estamos fortalecendo um dos pilares da Reforma Agrária Popular”.

Os produtos estão expostos em 50 barracas espalhadas pela Praça e com base na agroecologia, uma concepção política que pontua novas relações entre o homem e natureza, uma proposta de sociedade, mais humana e fraterna, é apresentada no centro de Salvador.

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