No norte baiano, Sem Terra estudam o momento político e seus reflexos na região

Atividades de formação ocorreram entre os dias 1 e 2 de julho no Assentamento Nova Canaã, no município de Remanso, no norte do estado.

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

 

Após seis dias de estudos sobre as crises política e econômica que vive o Brasil, a partir de um estudo aprofundado acerca da questão agrária e da organicidade do MST, cerca de 60 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra encerraram na tarde desse domingo (2) o Curso Regional de Formação Política, que aconteceu no Assentamento Nova Canaã, em Remanso, norte baiano.

Ao falar sobre o processo de construção do curso, Alexandra Esperina, do Coletivo de Formação do MST, destacou que é preciso investir cada vez mais na formação política da militância Sem Terra. “Nosso objetivo é consolidar novas lideranças. Por isso, queremos trabalhar o processo de conscientização e a importância de se fazer a luta pela terra, pela Reforma Agrária e pela transformação social”.

 

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Sem perder de vista os conflitos gerados pelo agronegócio na região, o curso foi mais uma ferramenta de denúncia ao modelo exploratório dos recursos naturais e da força de trabalho que o capital implementa numa região que sofre com os períodos longos de estiagem.

Diversas reflexões foram realizadas nesse sentido, inclusive reafirmando o compromisso de continuar em luta contra as desigualdades sociais.

Inspirados nos ensinamentos de revolucionários históricos, como Ernesto Che Guevara, o curso conseguiu apontar horizontes para militância do MST, abarcando em sua programação e processo metodológico a estrutura político-social do capitalismo, com foco no enfrentamento à exploração e com o objetivo de formar militantes capazes de analisar criticamente a realidade e propor mudanças significativas para toda sociedade.

De acordo com Antônio Martins, da Direção Estadual do movimento, o curso conseguiu envolver a comunidade que recebeu a turma, mas também, um número significativo e representativo de trabalhadores da região. “Com as atividades, conseguimos envolver do mais velho ao mais novo na construção do curso. Essa participação tem aprimorado nossos quadros políticos e isso é um avanço para o MST”,. afirmou.

Dona Maria Auxiliadora, assentada em Nova Canaã, participou do curso e ressalta a importância dos temas debatidos. “Quero sempre estar em atividades de estudo com os demais companheiros. Isso nos ajuda na luta pela terra”, afirma.

Pensando nisso, Martins anunciou que em outubro deste ano o MST vai realizar outras atividades, com um público maior e resultados mais abrangentes.

 

*Editado por Leonardo Fernandes