MST realiza cursos de formação com a militância na Bahia

Os cursos foram realizados na Chapada Diamantina, Norte, Nordeste, São Francisco, Sul, Baixo Sul, Extremo Sul e Sudoeste, reunindo mais 500 trabalhadores Sem Terra

 

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Foto: Arquivo MST/BA
Da Página do MST

Diante do atual momento de instabilidade democrática e retirada de direitos que vive o Brasil, o MST no estado da Bahia aponta como linha estratégica para este ano, a realização de diversos cursos de formação em teoria política com o público de dez regiões, onde o Movimento está organizado.

As atividades de formação tiveram início no mês de março e já aconteceram em oito regiões do estado, com o objetivo de potencializar ao máximo a formação de quadros e avançar na construção de um projeto comum nos diversos setores da classe trabalhadora. Além disso, fortalecer os laços de solidariedade, forjando militantes que possam atuar na organicidade das lutas em torno da Terra, da Reforma Agrária e Transformação Social.

Até então, os cursos foram realizados na Chapada Diamantina, Norte, Nordeste, São Francisco, Sul, Baixo Sul, Extremo Sul e Sudoeste, reunindo mais 500 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra.

Ao avaliar todo processo construído, Antônio Martins, do setor estadual de formação, diz que o próximo período será de muita luta para toda a esquerda, sobretudo para classe trabalhadora que tem pautado a necessidade de mudanças, que aprofundem a democracia e a participação popular nos rumos a serem tomados e destaca que a formação política é central.

Nesse sentido, afirma que as reformas constitucionais que são aprovadas pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB) querem atingir principalmente a classe trabalhadora. “Estamos vivendo as consequências politicas da crise. Lenin Já apontava a redução da democracia e o avanço de fascismo diante das crises capitalistas”, comenta Martins.

Estudos

Na pauta dos cursos, alguns temas se destacaram, como a titulação da terra, a Reforma da Previdência, as Leis Trabalhistas, a participação da Juventude Sem Terra, Diversidade de Gênero, Segurança nas Redes, Agroecologia, Normas e princípios do MST, além de pautar a construção de um planejamento com ações de formação das regionais para o próximo período.

Para direção do Movimento é necessário entender que a formação política tem um sentido especifico e um deles é o de ampliar a capacidade da militância de atuar de modo consciente nas lutas de classe. Para isso, precisa existir o hábito de estudar de maneira permanente e desta forma, renovar e desenvolver em si e em outras pessoas a consciência política.

Os cursos de formação regional preparam a militância Sem Terra para curso de formação do estado que acontecerá neste segundo semestre.

​*Editado por Maura Silva