Juventude Sem Terra realiza Jornada Cultural em Santa Catarina

A Jornada marca o encerramento do curso de Formação de Agentes Culturais da Juventude Camponesa, uma modalidade de Residência Agrária Jovem.

 

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A formação de agentes culturais fortalece a estratégia do papel da juventude na continuidade do Movimento. 

Por Juliana Adriano 
Da Página do MST 

Durante o mês de julho, a Juventude Sem Terra de Santa Catarina realizou seis edições da Jornada Cultural em diferentes regiões do estado. 

A Jornada marca o encerramento do curso de Formação de Agentes Culturais da Juventude Camponesa, uma modalidade de Residência Agrária Jovem, que é fruto de uma parceria entre o MST, a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), INCRA e CNPq.

O curso envolveu cerca de 50 jovens bolsistas, e teve como objetivo qualificar o trabalho da juventude nas atividades culturais e nos espaços que participam, tais como assentamentos, acampamentos, escolas, rádios comunitárias, telecentros, cooperativas, entre outros. 

A formação de agentes culturais veio ao encontro da estratégia de fortalecimento do papel da juventude na continuidade do Movimento. Ana Paula, do coletivo estadual de juventude, ressalta que o curso ajudou a manter os jovens no campo, sobretudo os que estavam concluindo o ensino médio, além de contribuir no processo de formação dos coletivos de juventude nas brigadas.

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O curso envolveu cerca de 50 jovens na formação de agentes
culturais.

Iniciado em Janeiro de 2016, o processo envolveu um programa de formação política e artística, alternando etapas prolongadas, oficinas aos finais de semana e encontros. Os jovens também elaboraram projetos culturais que foram desenvolvidos nas comunidades onde vivem, como forma de multiplicar os conhecimentos adquiridos. Após um ano e meio de atividades, o curso se encerra com a promoção das Jornadas Culturais Regionais organizadas e coordenadas pela juventude Sem Terra. 

Segundo Marilaine Schultz a juventude tem o desafio de dar continuidade nas atividades iniciadas com o projeto. “Estamos fazendo um vídeo com depoimentos de famílias e nos preparando para realizar as jornadas culturais nos assentamentos”, explica. 

Na perspectiva da Reforma Agrária Popular, a cultura é fundamental para a base do MST, mantendo a memória viva e criando novas perspectivas de vida onde os valores humanos estejam em primeiro plano. Neste sentido o curso de Formação de Agentes Culturais da Juventude Camponesa cumpriu um papel de extrema importância.  

Editado por Iris Pacheco