Alimentação como um ato político será tema de debate em Conferência de BH

A chef Janaína Rueda e o ex ministro da saúde, Alexandre Padilha, compõem a mesa que tem como objetivo ampliar o diálogo sobre a Reforma Agrária Popular com a sociedade mineira.

 

Da Página do MST 

O Circuito Mineiro de Arte e Cultura da Reforma Agrária, que começa na próxima sexta-feira (6) e vai até o próximo domingo (9) na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, tem na programação uma série de seminários e conferências dedicados a ampliar o debate sobre a alimentação saudável e a luta do MST pela Reforma Agrária Popular.

Alimentar a luta, cultivar a arte! Este é o lema que tem conquistado várias regiões do estado de Minas Gerais e agora chega na capital. Um dos grandes momentos do Circuito é a conferência “Silvino Golveia: Alimentar e um ato político”, na manhã do sábado (8), a partir das 10h, com a presença da chef do Bar da Dona Onça, Janaína Rueda e o ex ministro da saúde, Alexandre Padilha, Débora Nunes do MST e a professora Irene Cardoso, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

De acordo Esther Hoffmann, da direção nacional do MST, “a conferência tem como objetivo expor as contradições do modelo de produção do agronegócio e todos os males que este produz para a humanidade, como a crescente escalada de doenças ligadas à alimentação no contexto mundial”.

Hoffmann afirma ainda que este será um espaço de apresentação de um “projeto para o campo, cujos alicerces são a produção de alimentos saudáveis em outros marcos que não haja destruição e apropriação privada dos recursos naturais.”

É nesse cenário de luta e resistência na construção da Reforma Agrária Popular que o nome da conferência também traz a memória de Silvino Nunes Gouveia, dirigente do MST no Vale do Rio Doce, que no início deste ano foi brutalmente assassinado com dez tiros.

Historicamente os trabalhadores e trabalhadoras sem terra são vítimas de conflitos pela terra que têm se intensificado por falta de medidas concretas do Estado em assentar as famílias acampadas e punir os responsáveis por estas atrocidades. Logo, ao realizar um evento como este, o povo sem terra afirma sua capacidade de resistir alimentando a luta e cultivando a arte diante do sistema que os oprime.

A sociedade mineira da capital poderá vivenciar essa arte com as diversas apresentações musicais, teatro, cinema, capoeira, sarau de poesia, mostras fotográficas, tudo produzido por Sem Terra e parceiros do MST, que constroem e apoiam o projeto de Reforma Agrária Popular. Enquanto o público se diverte com as atividades artísticas, poderá se deliciar com a cozinha da roça, a culinária da melhor qualidade trazida direto dos fogões a lenha, dos fundos das casas do interior mineiro

 

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