“Sim, Eu Posso” alfabetiza 233 trabalhadores Sem Terra no extremo sul da Bahia

Método cubano de alfabetização tem avançado na popularização do acesso à leitura e escrita, combatendo as desigualdades sociais e os altos índices de analfabetismo no Brasil.

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

 

O método cubano “Sim, Eu Posso” tem sido um instrumento importante de alfabetização de jovens e adultos, assentados e acampados de Reforma Agrária em toda a Bahia. No extremo sul do estado, o processo de escolarização toma grandes proporções, erradicando o analfabetismo em 11 áreas do MST.

Fruto desse processo, no sábado, dia 18 de novembro, às 15h, o Assentamento Paulo Kageyama, localizado em Eunápolis, será palco da formatura de 29 turmas, que resultou na alfabetização de 233 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra.

O “Sim, Eu Posso” tem avançado na popularização do acesso à leitura e escrita, combatendo as desigualdades sociais e os altos índices de analfabetismo no Brasil. De acordo com o último senso levantado pela Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, divulgado em 2015, o extremo sul baiano possui mais de 20% da população adulta e idosa não alfabetizada nas áreas de Reforma Agrária. Esse percentual se soma ao vergonhoso dado brasileiro, onde mais de 13 milhões de jovens e adultos não sabem ler ou escrever.

Implementação

 

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Em 2014, as primeiras turmas foram construídas através da “Campanha de Erradicação do Analfabetismo”, que se somou ao projeto “Assentamentos Agroecológicos”. A campanha marca o início de um processo de luta permanente pelo direito a educação no campo e a partir da agroecologia, um debate que também se apresentou com força na época, dinamizou a aprendizagem ao unir o modelo produtivo ás relações sociais, com foco na alfabetização. Desde então, as turmas com o método cubano cresceram e se espalharam por toda região.

A Direção do MST na Bahia avalia de maneira positiva os resultados do “Sim, Eu Posso” e acredita que a formatura será mais um espaço para legitimar o processo de escolarização dos trabalhadores Sem Terra e apontar a construção de novas turmas até erradicar, por definitivo, o analfabetismo nos assentamentos e acampamentos de todo estado.

 

*Editado por Leonardo Fernandes