Encontro Estadual da Bahia aponta os desafios no resgate das tradições culturais

“Não podemos apoiar nenhuma cultura de opressão, como nos é dado pela sociedade”, destaca Ana Chã, da Direção do MST.

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

 

MST e Cultura foi o tema de debate no 30° Encontro Estadual do MST na Bahia. A mesa aconteceu na tarde de sábado (13) e foi mediada por Ana Chã, da Direção do MST. O espaço teve como objetivo expor os desafios no campo da cultura emancipadora e apontar as tarefas a serem realizadas no próximo período.

Na ocasião foi debatido o papel do movimento na luta pela cultura. Ana Chã ressaltou a importância de entender que o termo cultura não se trata apenas da parte festiva. Segundo ela, para o MST, cultura é também vestir, produzir, comer e animar. “Não podemos apoiar nenhuma cultura de opressão, como nos é dado pela sociedade. Isso é o que vai nos fortalecer como movimento social, para alcançar o objetivo de consolidar o nosso projeto de Reforma Agrária Popular no Brasil”, pontuou.

Em grupos, os militantes debateram como organizar a cultura nos assentamentos e acampamentos de toda a Bahia, levando em conta a diversidade e dimensão do estado, assim como as tarefas a serem cumpridas no próximo período, entendendo que a luta dos Sem Terra é ampla, e vai além da ocupação do latifúndio.

 

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Ana Chã ainda apontou algumas tarefas, dentre as quais, “resgatar as nossas tradições culturais e com isso influenciar outras comunidades e movimentos”.

Nesse sentido, Raumi Souza, músico da Reforma Agrária, destacou que a luta pela terra caminha lado a lado com as manifestações artísticas e culturais forjadas no bojo das relações sociais construídas historicamente. “Nosso movimento é fruto de muita resistência alimentada pela utopia revolucionária. Esses aspectos não estão desassociados das questões mais amplas que norteiam nossa luta política”, concluiu Souza.

 

*Editado por Leonardo Fernandes