Em Itamaraju (BA), prefeito se compromete com pauta dos trabalhadores Sem Terra

Os trabalhadores reivindicaram melhorias na infraestrutura, saúde, produção e, principalmente, na educação nos assentamentos.

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

 

Na tarde desta segunda-feira (5), cerca de 150 trabalhadores rurais Sem Terra ocuparam a Prefeitura do município de Itamaraju, no extremo sul da Bahia.

Os trabalhadores reivindicaram melhorias nas estradas que cortam os assentamentos, na saúde, infraestrutura, mecanização agrícola e, principalmente, nas condições básicas de ensino.

Segundo Maristela Cunha, da direção estadual do MST, essa pauta já é antiga e a prefeitura não tem cumprido com os pontos que dizem respeito a educação do campo. “Uma questão que precisa ser destacado é o transporte escolar, pois em dias de chuva as crianças não podem ir à escola. Além disso, exigimos a contratação de professores”, denuncia Cunha.

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Após a ocupação, houve uma reunião com o prefeito, Dr. Marcelo (PSDB), e secretários de governo, onde foi agendada uma reunião para esta terça-feira (6).

Leandro Domicini, também da direção estadual do Movimento, ao participar da reunião, disse que o prefeito se comprometeu e deixou encaminhado ações para curto e longo prazo no município. Exemplo disso é a melhora nas estradas e a garantia de transporte escolar nas comunidades.

Com a sinalização positiva, Maristela afirmou: “se a nossa pauta não for atendida reocuparemos a Prefeitura”.

Pauta travada

A pauta de reivindicação entregue à Prefeitura, faz parte de um processo histórico de lutas  do MST na região. No final do ano passado, por exemplo, algumas escolas quase foram fechadas por conta do descaso com as estruturas localizadas nos assentamentos de Reforma Agrária.

Claudia Nunes, do Assentamento Pau Brasil, localizado no município, acredita que se não fosse a luta diária, as famílias já teriam perdido as escolas do campo. “A educação nos assentamentos é fundamental para avançarmos na formação de consciência e na escolarização das famílias Sem Terra. Por isso, que nossa luta precisa ser fortalecida de maneira constante”, enfatizou Nunes.

 

 

*Editado por Rafael Soriano