MST Folia ocupa as ruas do Prado numa grande festa pela democracia

Com alegria e irreverência, o bloco puxou pautas importantes em torno da luta pela democracia
40256325922_b14ce74fdf_k.jpg
Divulgação/MST

 

Do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Para Página do MST

 

O carnaval é uma das festas populares mais celebrada no Brasil. Ao longo do tempo tornou-se um elemento da cultura brasileira, mas também, um instrumento de resistência e denúncia da classe trabalhadora. Foi pensando nisso, que o MST Folia, bloco criado a seis anos por trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra do extremo sul da Bahia, tem se tornado uma tradição.

 

Na última terça-feira (13) de carnaval, mais uma edição dessa grande festa ocupou as ruas do Prado com muita alegria e irreverência, puxando pautas importantes em torno da luta pela democracia brasileira, diante do atual momento de golpe e retirada de direitos.

 

Organizado por trabalhadores assentados e acampados da região, essa edição das festas contou com a presença de 1,2 mil foliões Sem Terra, mais a participação de amigos e parceiros, que engrossaram o bloco num grande grito de repúdio a condenação do ex-presidente Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no dia 24 de janeiro, em Porto Alegre (RS).

 

Além disso, os foliões destacaram que a condenação é ilegítima e foi articulada pela burguesia nacional, através do poder judiciário, visando apenas a não candidatura de Lula nas Eleições 2018.

 

De acordo com Luciene Guimarães, assentada e participante do bloco, o carnaval, assim como todos os ambientes de organização social, precisa ser ocupado com debates políticos, tendo em vista, o atual momento de ataque a democracia. “Nós da classe trabalhadora precisamos estar presentes e pautar as mudanças que queremos para nosso país”, afirmou.

 

Para ela, existem várias formas de denúncia ao descaso e a ilegitimidade de Michel Temer no poder, “neste carnaval escolhemos usar da cultura, através da música e da arte”.

 

“Estamos aqui porque somos Lula em 2018 e nosso projeto é a construção da Reforma Agrária Popular. Ocupar as ruas do Prado simboliza defender os direitos da classe trabalhadora, por isso, o Sem Terra está pulando, dançando com alegria e dizendo não a Reforma Previdência e não ao governo Temer”, concluiu Guimarães.

 

Ano que vem tem mais

 

Após uma avaliação positiva do Bloco, a direção do MST no extremo sul da Bahia afirmou que em 2019 terá mais uma edição das festas, desta vez, para comemorar a vitória de Lula nas urnas.

 

Veja mais fotos do MST Folia aqui

 

*Editado por Maura Silva