Debatendo o feminismo camponês e popular, as mulheres Sem Terra iniciam Jornada de Lutas no Pará

A atividade na UFPA reuniu cerca de 400 mulheres.
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Divulgação/MST

Por Viviane Brigida
Da Página do MST 

 

Na tarde desta terça-feira (6), cerca de 400 Sem Terra  participaram de uma atividade na Universidade Federal do Pará (UFPA) que discutiu o feminismo camponês e as lutas no estado. O encontro faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra que acontece até o próximo dia 8 em todo país. 

Para Euciana Costa, quilombola e representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a conquista dos espaços de luta não são fáceis e as mulheres sempre ousaram com arte, ideias e mística para enfrentar os desafios.

“Precisamos de unidade das organizações. Como mulheres que resistem em tempo de golpe e de crise esse é um exercício vigiado. Vários segmentos sociais despertaram e começaram a valorizar espaços próprios para as mulheres”.

Já para Cleidiane Vieira, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), cabe as mulheres seguirem organizadas, cada vez mais unidas e protagonistas.

“Cabe a nós mulheres seguirmos nos organizando. Esse é um desafio diário. A cada vez que uma mulher se fortalece, fortalece toda a organização” acredita Vieira.

Carla Lagóia, do MST afirmou que sem a participação das mulheres, ocupando os espaços políticos e organizativos do movimento nós nunca avançaremos.

“A participação da mulher em qualquer espaço deve ser igualitária. Nossa organização defende 50% homens e 50% mulheres. Muitas vezes deixamos de participar dos espaços por comodismo essa é uma realidade que devemos mudar”, afirmou,

Durante o debate, também foram realizadas rodas de estudos sobre o feminismo camponês e popular com relatos das mulheres dos assentamentos e acampamentos do movimento na região.

A programação Jornada das Mulheres em Belém segue até o dia 8 de Março, quando ocorrerá uma marcha pelas ruas da cidade.

*Editado por Maura Silva